Mais de 700 pessoas caem em golpe ao adquirir “cidadania” em país inexistente

Gleicimara Dulterio Por Gleicimara Dulterio
3 min de leitura

Com a promessa de nacionalidade em um país com menos imposto e soberania, mais de 700 italianos sofreram um golpe após pagarem por um país que não verdade nunca existiu. Uma operação, que desmantelou a quadrilha responsável por criar o golpe, prendeu 12 pessoas nesta sexta-feira (19) e investiga outras 30 por suspeitas de criarem o falso país “Estado Teocrático Antártico de San Giorgio”. O grupo é acusado por formação de quadrilha, fraude, fabricação e posse de documentos falsos válidos, expatriação e lavagem de dinheiro.


Documentos falsos davam credibilidade ao golpe (Foto: Reprodução/ Google)


A quadrilha prometia nacionalidade a quem pagasse uma quantia que variava entre 200 e 1 mil euros. Como argumento para instigar os interessados da existência do do país fictício, os suspeitos diziam que o Tratado da Antártida de 1959 (documento assinado naquele ano sobre a posse do continente) garantia a existência da ilha, com “soberania e privilégios autônomos”.

A operação feita pela polícia de Catanzaro, na região da Calábria, Sul da Itália, foi denominada como“A ilha que não existe”,  após o registro de um suposto edifício como sede diplomática do Estado fictício, desde então foram negociadas mais de 700 “cidadanias” do país,  tratado que rendeu a quadrilha mais de 400 mil euros.

Segundo o La Repubblica, para dar credibilidade às transações com as partes envolvidas, os criminosos teriam forjado  “provas” da existência de uma série de instituições, como chefes de Estado, chefes de governo, ministros, tribunais de justiça, o Supremo Tribunal Federal, Emissão de territórios de delegação, jornais oficiais, sites e até documentos de identidade.

Outro benefício de adquirir a cidadania era a “venda de terras” no continente, com o correspondente título de nobreza. Ainda seria oferecido para obter documentos de isenção para vacinas, como a Covid-19. 

Para maior credibilidade foi criado um perfil nas redes sociais com fotos e documentos que regulavam o país, neste perfil eram compartilhados arquivos, que ofereciam vários benefícios como possibilidade de financiamentos com menos burocracia além da possibilidade de utilização de documento do Estado concedendo livre circulação na Itália e em outras nações.

 

Foto destaque: Brasão criado para ludibriar interessados (Reprodução/ Site: oglobo)

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