Manifestação em apoio ao prefeito de Paris toma as ruas dos subúrbios da cidade

Pedro Léo Por Pedro Léo
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Em meio a manifestações violentas na França, centenas de pessoas foram às ruas em apoio a um prefeito que teve sua casa atacada por um carro em chamas. Vincent Jeanbrun, prefeito de Paris, teve sua casa invadida pelo veículo na manhã de domingo – um atentado referido a Jeanbrun como uma tentativa de homicídio, que acabou ferindo sua esposa e um de seus filhos. Em solidariedade ao prefeito, uma multidão se manifestou nas ruas de  L’Haÿ-les-Roses, subúrbio de Paris.

A democracia foi atacada”, disse Jeanbrun na manifestação para os apoiadores, completando: “Mais do que nunca, nossa república e seus servidores são ameaçados e atacados”. O acontecimento ocorreu após uma semana caótica no país e principalmente em sua capital, que viu muitos protestos violentos causados pela morte de um adolescente de 17 anos por um policial, que atirou no mesmo em uma parada de trânsito na última terça-feira (27). Foram relatados e gravados diversos prédios sendo quebrados e saqueados, fogo sendo ateado em objetos na rua, entre outros.


Protestos registrados em Paris. (Reprodução/Jeff Pachoud/AFP)


De acordo com o Ministro do Interior da França, mais de 2 mil pessoas já foram detidas, com três policiais feridos, uma delegacia atacada e 352 vias públicas incendiadas. Porém, a noite de sábado foi mais calma, e nenhum incidente grave foi relatado. Emmanuel Macron, presidente francês, disse em reunião com funcionários que irá lançar um procedimento para chegar à origem das manifestações, e deu permissão aos ministros para “fazer tudo para manter a ordem”. Seus opositores já aumentam a pressão para o presidente lidar melhor com o caos no país, além dos moradores de Paris, que caminharam com faixas como “Juntos pela república!”. A própria avó da vítima pediu para os manifestantes terem calma durante entrevista à televisão, dizendo que eles não deveriam danificar as escolas e nem os ônibus.

Foto destaque: Vincent Jeanbrun, prefeito de Paris.  Reprodução/Ludovic Marin/AFP

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