Manifestantes em Jerusalém pedem reforma judicial

Nathália Siqueira Por Nathália Siqueira
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Nesta quinta-feira (27), milhares de manifestantes israelenses se reuniram, em Jerusalém, para mostrar apoio a reforma judicial planejada pelo governo de coalizão. O projeto de lei pode destituir a mais alta corte do país de muitos de seus poderes.

Porém, mesmo com os protestos, de forma geral os israelenses ainda estão divididos quanto a legislação. Os defensores afirmam que a reforma restauraria o equilíbrio para as autoridades, enquanto os críticos afirmam que só irá remover o controle de quem está no poder.


Manifestantes carregando bandeiras e vestindo azul e branco, declaram apoio a reforma judicial (Reprodução/AFP)


Os apoiadores do projeto de lei, promovido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se manifestaram do lado de fora do Parlamento de Israel. Todos vestiam azul e branco, portando bandeiras com as mesmas cores, e alguns ainda usavam broches e carregavam bandeiras de partidos de extrema-direita.

O principal grito dos manifestantes era “A nação exige uma reforma judicial. Dentre eles estavam dezenas de deputados de partidos de direita e extrema-direita, que se reuniram em frente a um telão que estampava a frase “Não vão nos roubar as eleições”.

“Para todos os meus amigos que estão sentados aqui, vejam quanto poder temos”, afirmou o parlamentar de extrema direita e ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, ao se dirigir à multidão. “Eles têm a mídia e têm magnatas que financiarão os protestos, mas nós temos a nação. Vamos consertar o que precisa ser consertado”, completou.

Além de Smotrich, o ministro da Justiça, Yariv Levin, também participou do ato, sendo ele o encarregado da reforma. Ao se dirigir a multidão reunida, Levin afirmou que os dois milhões de israelenses que votaram na atuação gestão, se posicionaram a favor de uma reforma judicial, e desta forma, prometeram “fazer uma correção significativa na situação atual”, em suas próprias palavras.

Mas como dito anteriormente, nem todos concordam com a reforma judicial. Protestos contra os planos aconteceram por todo país por semanas e reuniram grandes multidões em diversas cidades, desde que foram anunciados.

 

Foto destaque: Manifestantes mostram apoio a reforma judicial em Jerusalém. Reprodução/REUTERS/Ronen Zvulun

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