De acordo com o Fantástico, uma das maiores causadoras do novo recorde de endividamentos é o desemprego, que afeta tanto o país, principalmente neste momento pandêmico. Diante disso, milhões de brasileiros se veem sem ao menos uma forma de sustento para si e sua família, e é neste momento que os cartões de crédito aparecem como uma solução fácil de conseguir garantir o básico dentro de casa.
Desemprego e o uso desenfreado dos cartões são um dos principais causadores do aumento nas dívidas entre brasileiros. Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Segundo uma pesquisa feita pelo Serasa, o desemprego é um dos maiores problemas para os brasileiros que pretendem manter seu nome limpo este ano, onde as médias das dívidas até o momento já chegam a R$ 4 mil.
Além dos cartões de créditos, os empréstimos também estão aumentando entre os endividados, que em um momento que não tem mais por onde procurar, recorrem aos empréstimos de emergência. Solange é um dos exemplos de brasileiros que precisaram entrar no vermelho para conseguir se alimentar ou cuidar da saúde. A empregada doméstica precisava de uma importante cirurgia durante a pandemia mas estava desempregada, por isso recorreu a um pequeno empréstimo.
“Resolvi pegar um empréstimo no banco, mas não consegui pagar até o final. Eu trabalho fazendo faxina e as pessoas estavam com medo da pandemia, então não tinha trabalho”, declara Solange.
A pesquisa ainda revela que os brasileiros sentem vergonha de suas dívidas apesar de não poder pagá-los, majoritariamente, por hora, e dentre os entrevistados 88% confirmaram se sentir desconfortáveis com as dúvidas. Além disso, outros fatores da vida também foram prejudicados, onde 64% afirmaram que atrapalham seus relacionamentos familiares, 76% a sua relação com o trabalho, 62% com os seus parceiros e 84% a sua vida social.
https://inmagazineig2.websiteseguro.com/post/Conta-de-luz-tera-um-aumento-de-19-no-ano-de-2022
Neste último feirão de negociação de dívidas do Serasa, a empresa permitiu que 2,7 milhões de brasileiros limparem seus nomes.
“Ninguém fica numa fila daquela porque quer, é porque precisa. Porque tem o orgulho próprio de querer pagar aquela dívida e recomeçar.”, afirma mathues, funcionário do Serasa.
Foto Destaque: Dívidas: cinco milhões de pessoas podem limpar o nome. Reprodução/Getty Images/iStockphoto