Ex-presidente Michel Temer afastou neste domingo (24) os rumores sobre seu apoio ao partido do ex-presidente Lula, do PT no primeiro turno.
Em conversas avançadas as lideranças do MDB e do PT nos últimos dias, tiveram a negociação prejudicada após a ex-presidente Dilma Rousseff reagir a uma declaração de Temer, de que Dilma era “honestíssima”. A petista, então, se posicionou publicamente ao dizer que Temer tenta limpar sua “inconteste condição de golpista”- referindo-se ao impeachment.
Ao blog, Temer classificou a declaração da ex-presidente como “violenta e grosseira”. “A grave acusação que fiz foi chamá-la de honesta”.
O ex-presidente Michel Temer, em imagem de arquivo. Foto destaque: Reptodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
Mesmo com os petistas e emedebistas admitindo, reservadamente, que a declaração de Dilma atrapalhou as conversas entre os dois partidos, Temer afirmou ao blog que a dificuldade na aliança é anterior à reação de Dilma uma vez que -“pelo que tem ouvido do partido”- acha difícil o apoio do MDB a Lula no primeiro turno.
“Pelo que tenho ouvido, o partido quer seguir com candidatura própria, não vejo condições para o apoio no primeiro turno”. O MDB tem como candidata a senadora Simone Tebet, que deve ser homologada como candidata no próximo dia 27. Nos bastidores, lideranças do MDB acreditam que a convenção vá ser judicializada pela ala do partido que quer apoiar Lula- como o senador Renan Calheiros.
Temer ainda admite que integrantes do comitê Lula- Alckmin procuraram o partido em busca de apoio, mas ele se queixa do tratamento da militância petista ao seu governo. “Eles mandam emissários, mas como vamos apoiar se eles falam que é golpe? Se falam que a reforma trabalhista, que eu fiz, é escravocrata? Querem destruir com meu governo”, reclama o ex-presidente.
No entanto, sobre o apoio ao PT no segundo turno, Temer não descarta novas conversas: “Aí é outra conversa, é um outro tempo”.
Foto destaque: Reprodução/Site Rede Brasil Atual