A saga de Emily Hand, a israelense-irlandesa de 9 anos inicialmente considerada morta, teve um desfecho no último sábado (25) quando o grupo Hamas a libertou, junto com outras 13 pessoas. O sequestro ocorreu no dia 7 de outubro, durante os ataques do Hamas a Israel, desencadeando um conflito armado. Na ocasião, Emily estava na residência da família de sua amiga Hila, de 13 anos, localizada no Kibutz Beeri, sul de Israel. Além de Hila, a mãe dela, Reaya Rotem, de 54 anos, também foi capturada e permanece sob custódia em Gaza.
Sequestro
O caso de Emily tomou rumos surpreendentes. Inicialmente, ela foi anunciada como morta, posteriormente sendo reclassificada como refém. Durante o período de cativeiro, Emily completou 9 anos em 17 de novembro, adicionando complexidade à angústia da família Hand. A reviravolta na narrativa aconteceu quase 20 dias após o sequestro, quando as autoridades israelenses informaram à família, em 31 de outubro, que era altamente provável que Emily tivesse sido sequestrada.
A partir desse momento, tanto a família quanto a embaixada irlandesa em Israel mobilizaram esforços para incluir o nome de Emily nas negociações para a troca de reféns. Contudo, Thomas Hand, o pai de Emily, relatou à emissora irlandesa RTÉ que o nome de Emily não estava na lista de reféns aguardando liberação desde sexta-feira.
Thomas Hand, pai de Emily, em seu discurso durante coletiva de imprensa de famílias de reféns (Foto: reprodução/Henry Nicholls/AFP)
Períodos de incertezas
“Ela passou o seu aniversário nos túneis de Gaza”, expressou, com pesar, Thomas Hand, enquanto chorava durante uma reunião realizada em Londres em homenagem à sua filha.
Hand seguiu compartilhando suas emoções: “Não temos palavras para descrever a nossa emoção depois de 50 dias difíceis e complicados”, afirmou. Ele acrescentou em um comunicado: “Não podemos esquecer todos os reféns que ainda não retornaram para casa.”
A libertação de Emily e do grupo no sábado trouxe um momento de alívio para a família, encerrando um período de incerteza desde o sequestro em outubro. No entanto, o destino de Hila e de sua mãe, Reaya, é incerto, uma vez que possivelmente ainda permanecem reféns do Hamas em Gaza.
Foto destaque: Emily Hand, de 9 anos, uma refém liberada pelo grupo do Hamas (Reprodução/REUTERS)