Meta remove do Facebook e Instagram 600 mil posts de discurso de ódio e violência

Ana Carolina Lara Por Ana Carolina Lara
3 min de leitura

A Meta, empresa que controla o Instagram e Facebook, informou nesta segunda-feira, dia 10, que foram removidos das duas redes entre os dias 16 de agosto e o primeiro turno das eleições em 2 de outubro, o total de 600 mil conteúdos que iam em desacordo com suas políticas contra discursos de ódio e violência.

310 mil conteúdos foram retirados por violência e incitação, como postagens que pediam para que as pessoas comparecessem aos locais de votação portando armas de fogo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu o transporte de armas por atiradores desportivos, caçadores (CACs) e colecionadores nas eleições.

Por discurso de ódio, foram removidas 290 mil postagens, entre elas, casos de ataques xenofóbicos à população Nordestina, que começaram a aparecer nas redes quando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva passou Bolsonaro na apuração, com uma folga de votos no Nordeste. Segundo a Meta, antes mesmo do fim da apuração do primeiro turno, em 2 de outubro, eles já haviam identificado e removido essas publicações.

Na nota da empresa de Mark Zuckerberg, também é informada a remoção de posts que promoviam datas e horários errados da eleição, ou ainda números incorretos de candidatos da disputa. Nesses dois casos, foram violadas as políticas das duas plataformas sobre interferência eleitoral.

O mapeamento desses conteúdos foi feito com um combo de inteligência artificial treinada em português e análise humana.

Antes ainda da eleição, foram rejeitados pela Meta aproximadamente 135 mil conteúdos que seriam impulsionados (anúncios) e não completaram o processo de identificação. Toda publicação sobre eleições e política no Facebook e no Instagram, deve ser devidamente identificada.

“Adicionalmente, proibimos conteúdos impulsionados questionando a legitimidade da eleição brasileira” afirmou a empresa em nota.

Nas eleições deste ano, a Meta tem parcerias com empresas de checagem de fatos, como a ‘Verifica’, que faz a análise dos conteúdos suspeitos, que recebem denúncias dos usuários. A partir daí, o que é identificado como falso, tem a visibilidade reduzida e um aviso, informando que a informação foi checada e não é verdadeira.

Foto destaque: Tobias Dziuba/Pexels

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