Os presidentes da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) atualizaram a situação envolvendo a paralisação das linhas metroviárias e ferroviárias, que começou à 0h desta terça-feira (3). Os representantes dessas empresas relataram que não existe uma previsão de retomada dos serviços.
Situação das linhas de metrô e trem
O aviso foi dado em uma coletiva de imprensa, requisitada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Durante a coletiva, o presidente da CPTM, Pedro Moro, confirmou que as linhas de trem estão sem funcionar ou funcionando parcialmente pela falta de pessoal.
Julio Castiglioni, presidente do Metrô-SP, alertou que as linhas 1, 2, 3 e 15 devem ficar sem funcionar até as 14h pelo menos, mas que a situação não deve melhorar na sequência.
Até o momento, 3 linhas estão funcionando em sua totalidade, enquanto 2 estão funcionando parcialmente. Por outro lado, 7 linhas estão paralisadas.
Veja quais linhas ainda estão funcionando:
Linha 4 – Amarela (metrô/ViaQuatro), que vai de Vila Sônia a Luz
Linha 5 – Lilás (metrô/ViaMobilidade), que vai de Capão Redondo a Chácara Klabin
Linha 8 – Diamante (trem/ViaMobilidade), que vai de Itapevi a Júlio Prestes
Linha 7 – Rubi (CPTM), que vai de Luz a Caieiras (Parcialmente)
Linha 11 – Coral (CPTM), que vai de Luz a Guaianases (Parcialmente)
Veja quais linhas estão paralisadas:
Linha 1 – Azul (Metrô), de Tucuruvi a Jabaquara
Linha 2 – Verde (Metrô), de Vila Madalena a Vila Prudente
Linha 3 – Vermelha (Metrô), de Palmeiras–Barra Funda a Corinthians–Itaquera
Linha 15 – Prata (Metrô), de Vila Prudente a Jardim Colonial
Linha 10 – Turquesa (CPTM), Jundiaí a Rio Grande da Serra
Linha 12 – Safira (CPTM), Brás a Calmon Viana
Linha 13 – Jade (CPTM), Estação Engenheiro Goulart a Estação Aeroporto–Guarulhos
A Linha 9 – Esmeralda apresentou falha por volta das 14h, forçando os passageiros a abandonar o trem,
Motivo da greve
Além da paralisação das linhas metroviárias e ferroviárias, a greve contou com a participação de funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A intenção é protestar contra a privatização dessas empresas de serviços públicos, uma ideia que vem sendo divulgada pelo governador do estado.
O Sindicato dos Metroviários aponta que o direito à greve é garantido pela Constituição. Segundo a entidade, a ideia é alinhar os interesses dos trabalhadores do transporte e da água, que querem que esses serviços continuem públicos e de qualidade.
O Sindicato dos Ferroviários afirma que a privatização do transporte público metroferroviário em São Paulo prejudica a população como um todo, com a queda da qualidade dos serviços prestados.
Levantamento do Governo de São Paulo sobre o número de passageiros que usam o Metrô no período relatado (Foto: Reprodução/Instagram/@governosp)
Resposta
O Governo do Estado de São Paulo divulgou um comunicado na tarde da última segunda-feira (2) a respeito da greve do Metrô, da CPTM e da Sabesp.
O documento afirma que a greve é abusiva e ilegal, focada em atacar a atual gestão do estado. Na visão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a motivação dos sindicatos é puramente política e ideológica, além de afirmar que a situação é uma forma totalmente irresponsável e antidemocrática de se opor a uma pauta do governo, aceita de legalmente nas urnas.
Durante o dia de greve, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região ordenou que os serviços de transporte funcionem em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos. O descumprimento dessa decisão pode gerar multas diárias de até R$ 500 mil aos sindicatos.
Outra medida foi a suspensão do rodízio de veículos pela Prefeitura de São Paulo, que foi seguida pela decisão de colocar toda a frota de ônibus para rodar durante o dia. Essa última contou com a ampliação do itinerário e o reforço das frotas de algumas linhas municipais.
Foto destaque: Trem na linha 7 da CPTM, que está funcionando parcialmente. Reprodução/X/@DiariodaCPTM