Na próxima quinta-feira (21), os trabalhadores metroviários completam um mês de paralisação, a segunda mais longa da categoria. Desde o mês março, os trens não circulam em horários de pico, com saídas apenas entre 10h e 17h. Acontece que a categoria do movimento é contrário à privatização do metrô de Belo Horizonte, que está sendo promovida pelo governo federal, e os trabalhadores pedem que os empregos sejam mantidos. De acordo com o sindicato, a mudança pode resultar em quase duas mil demissões pra categoria, além de aumentar o preço da passagem.
Nesse momento, o metrô não está circulando nos horários de pico. Já são cerca de 70 mil pessoas afetadas diariamente na capital. Isso tem causado bastante reflexos e os pontos de ônibus tem ficado cada vez mais lotados. Essa falta de viagens durante os horários de pico vem prejudicando os passageiros
Metrô em BH com estações fechadas durante os horários de pico. Foto destaque: Reprodução Leandro Couri/EM/D.A Press
Nesta manhã de terça-feira (19) os metroviários estiveram reunidos, mas o Sindimetro, que representa a categoria, ja disseram que o movimento vai seguir enquanto não acontecer um diálogo com o governo federal. A CBTU, em negociação, já ofereceu um reajuste salarial pagando 100% do IPCA. O TRT estipulou uma multa diária no valor de R$ 30 mil para que o transporte volte a funcionar nos horários de pico, mas o sindicato não estaria cumprindo a determinação.
A alternativa encontrada para amenizar a situação dos usuários foi a criação da linha emergencial E019. Segundo o SINTRAM (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano) a linha opera com 23 ônibus das 5h30 às 09h59, e das 17h01 às 23h59. O coletivo sai da estação Eldorado, em Contagem, na região Metropolitana, e tem como ponto final a região Central de Belo Horizonte.
Foto destaque: Reprodução/PBH/Divulgação