Ministério da Espanha pede nove anos de prisão para Daniel Alves

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
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De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, o Ministério Público da Espanha pediu nove anos de prisão para o jogador brasileiro Daniel Alves nesta quinta-feira (23), devido ao crime de agressão sexual.

Ainda se trata do caso ocorrido em dezembro do ano passado, em que Daniel foi acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos no banheiro de uma discoteca em Barcelona. As investigações sobre o caso foram encerradas na semana passada, de acordo com o Tribunal de Barcelona, e o julgamento desde então já estava estimado entre oito a dez anos de prisão.

Além desse mandato – que a defesa do jogador vai tentar anular – o Ministério Público do país também demandou uma indenização de 150 mil euros (R$ 800 mil) para a vítima, devido a danos morais e psicológicos. 


Prisão onde o jogador atualmente se encontra.

Prisão preventiva onde o jogador atualmente se encontra. (Foto:Reprodução/Alejandro García/R7 Esporte)


O caso investigado

As principais investigações relatam que no dia 30 de dezembro, o jogador teria trancado, agredido e estuprado uma jovem de 23 anos no banheiro da área VIP da boate onde se encontrava, aproximadamente às 4h30 da madrugada. Daniel então saiu da boate e a vítima foi fazer exames em um hospital e relatar o caso à polícia.

Devido aos testes de DNA resultantes, a juíza do caso desde então já declarou que haviam “provas suficientes” para a condenação do jogador, que então se encontrou preso de forma preventiva desde o dia 20 de janeiro. O julgamento do caso já foi confirmado, mas ainda não tem data prevista.


Daniel Alves antes era o jogador com mais títulos no mundo.

Daniel Alves, antes de ser passado por Messi, era o jogador com mais títulos no mundo. (Foto:Reprodução/Daniel Leal-Olivas/AFP )


As versões

Por todo o tempo que ficou preso, Daniel Alves chegou a realizar pedidos de liberdade provisória três vezes, e foi negado em todas as ocasiões.

Em grande parte, o julgamento ainda deve ser afetado pelas ações de Daniel enquanto ficou detido de forma preventiva, como as mudanças das versões de seus depoimentos, um dos quais chegou a ser desmentido por câmeras de segurança do local. Isso levou à mudança no discurso, primeiro afirmando não conhecer a vítima, e depois afirmando que a relação sexual foi “consentida por ambas as partes”.

Se julgado como culpado, o Ministério Público da Espanha ainda poderá pedir que o brasileiro tenha, após cumprida a pena, mais dez anos de liberdade vigiada, proibindo-o de se se aproximar a menos de mil metros da vítima, que foi avaliada como vítima de estresse pós-traumático. 

Foto Destaque: Jogador brasileiro Daniel Alves. Reprodução/Instagram/@danialves

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