O Ministério da Saúde decidiu abrir o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. A nova recomendação saiu em uma nota técnica, assinada no último dia 23 pela coordenação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O governo federal só havia liberado as primeiras doses da “Pfizer Baby” para crianças de 6 meses a 2 anos e 11 meses que tivessem alguma comorbidade.
O imunizante foi aprovado pela Anvisa em setembro deste ano para todas as crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses, sem nenhuma restrição.
De acordo com a nova recomendação do Ministério da Saúde, a extensão da “Pfizer Baby” deve ser feita gradualmente, de modo a priorizar crianças com comorbidades.
Com a atualização, o uso dessa vacina será ampliado no Brasil. Reprodução/Pzifer
Para crianças sem comorbidades, o imunizante deve ser aplicado de acordo com a faixa etária, nesta ordem:
- crianças de 6 meses a menores de 1 ano;
- crianças de 1 a 2 anos;
- crianças com 3 anos;
- crianças 4 anos de idade.
“Considerando o quantitativo de vacinas existentes, recomenda-se que todos os esforços sejam envidados para que seja garantida inicialmente a vacinação de crianças com comorbidades e a inclusão paulatina dos demais grupos etários, de acordo com a disponibilidade de vacinas nos estados, Distrito Federal e municípios, e que a vacinação vá avançando à medida que houver disponibilização de vacinas pelo Ministério da Saúde”, diz o documento.
Crianças de 3 e 4 anos que receberam a primeira dose da Coronavac devem completar seu esquema vacinal com a Coronavac, e não com a Pfizer Baby.
O Ministério da Saúde também fez mudanças na recomendação do intervalo adequado de aplicação das três doses da Pfizer Baby.
Agora, o PNI orienta que as duas primeiras doses sejam aplicadas com um intervalo de quatro semanas e não mais de três semanas, como é proposto pelo laboratório fabricante da vacina. A terceira dose deverá ser aplicada pelo menos oito semanas após a segunda.
Foto destaque: Reprodução/Pfizer