A investigação também envolverá Sorriso, cidade onde Zé Neto deu início à polémica durante um show no último dia 13, batizada na internet de “CPI do sertanejo”. O cantor fez uma crítica dizendo que os sertanejos não dependem de Lei Rouanet, isto é, de dinheiro público.
“A gente está aqui em Sorriso, no Mato Grosso, um dos estados que sustentou o Brasil durante a pandemia. Nós somos artistas que não dependemos de Lei Rouanet, nosso cachê quem paga é o povo”, declarou.
Em outro momento, Zé Neto faz critica à uma tatuagem que Anitta fez no ânus, o sertanejo disse que não precisava fazer tatuagem em partes íntimas para mostrar que estava trabalhando.
“A gente não precisa fazer tatuagem no ‘toba’ para mostrar se a gente está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta e o Brasil inteiro canta com a gente”, disse.
O acontecimento terminou com os fãs da cantora revoltados nas redes sociais. Ele então se desculpou e disse que queria paz.
No entanto, logo após afirmação de Zé Neto no show, veio à tona a informação de que a apresentação da dupla na cidade mato-grossense custou R$ 400 mil e foi paga pela prefeitura da cidade.
De acordo com o Ministério Público, as contratações foram para apresentações em eventos públicos, mas a maioria deles foram para festas de aniversários de emancipação política das cidades.
O MP diz ainda, que a investigação se baseia nas denúncias sobre altos valores pagos por prefeituras de todo o país para a contratação de artistas nacionais. Os montantes desembolsados pelos são desproporcionais ao tamanho de alguns municípios.
Foto destaque: Fãs de Anitta defenderam a cantora. Reprodução/Metropólis