Missão Artemis I faz voo histórico em aproximação a lua

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Nesta segunda-feira (5) a espaçonave não tripulada Orion, da missão Artemis I da Nasa, realizou um voo espacial a 130 quilômetros acima da superfície lunar, conseguindo a maior marca de aproximação para uma espaçonave com infraestrutura para tripulantes desde a Apollo 17.

Agora na sua viagem de estreia, Orion está na etapa de retorno, na metade de sua missão de 25 dias. Segundo divulgou a agência espacial dos EUA em seu site, a espaçonave realizou o voo lunar uma semana depois de atingir seu ponto mais distante do espaço, quase 434,5 mil quilômetros da Terra.

A espaçonave Orion sobrevoou a cerca de 127 quilômetros acima da superfície lunar, então acionou seus propulsores para a “queima de sobrevoo motorizada”, mudando sua velocidade e aproveitando a atração gravitacional da lua para ganhar impulso em sua trajetória de retorno a Terra.

De acordo com a Nasa, a queima de combustível realizada pelo motor principal do Módulo de Serviço Europeu durou cerca de três minutos, marcando a última grande manobra antes de seu pouso no mar em 11 de dezembro.

As famosas missões Apollo foram as responsáveis por levarem os últimos 12 astronautas da Nasa para caminharem na lua entre 1969 e 1972. Na missão final da Apollo 17, Gene Cernan e Harrison Schmitt se tornaram os últimos seres humanos a pisarem no nosso satélite natural, completando 50 anos neste mês.


Foguete SLS juntamente a cápsula Orion no dia de seu lançamento em 16 de novembro de 2022 (Foto: Reprodução/JOEL KOWSKY/NASA/AFP/JC)


No dia 13º de sua viagem a Orion também conseguiu quebrar outra marca, passando quase 32 mil quilômetros a mais que o último recorde de voo mais longe que qualquer outra espaçonave “classe tripulada”. Anteriormente o título pertencia a Apollo 13, que teve de abortar o pouso lunar devido a uma falha quase catastrófica, retornando com sua tripulação para a Terra em seguida.

Artemis, é um programa espacial da Nasa que teve início no mês passado com o lançamento de Orion, ele pretende retornar a presença de astronautas no satélite, estabelecendo uma base sustentável e operacional ainda nessa década, e que sirva de apoio para a futura exploração humana de Marte.

Durante o voo inaugural da espaçonave Orion seu objetivo principal é testar a durabilidade do seu escudo térmico na reentrada da atmosfera terrestre, quando estará a cerca de 38 mil quilômetros por hora. Em comparação uma espaçonave voltando da Estação Espacial Internacional chega numa velocidade muito mais baixa que a Orion na atmosfera da Terra.

Em 16 de novembro a Orion alçou voo do Centro Espacial Kennedy em Cabo Canaveral, Flórida. Ela foi lançada ao espaço juntamente ao foguete acoplado de última geração da Nasa, o Space Launch System (SLS).

Foi o primeiro voo do foguete SLS combinado e da capsula da Orion, ambos construídos pela Boeing Co BA.N e Lockheed Martin Corp LMT.N, respectivamente, e que mantém contrato com a Nasa.

A missão Artemis I irá determinar as condições para a Artemis 2, que está prevista para ocorrer em 2024.

 

Foto destaque: A cápsula Orion em foto de aproximação ao seu sobrevoo na lua. Reprodução/Gizmodo/Nasa

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