Moradores das aldeias em Israel, que fica à um raio de 2 km da fronteira com o Líbano, foram orientados pelo governo israelense a manter uma distância segura da área libanesa, disseram os militares na segunda-feira (16). A decisão foi tomada após as provocações com o Hezbollah, grupo que atua no Líbano e se declara contra Israel e que decidiu não participar da guerra.
População ficará hospedada em pensões
As pessoas orientadas a deixarem suas residências ficarão hospedadas em pensões pagas pelo governo israelense. O plano será estabelecido pelos chefes dos municípios locais e pelo Ministério do Interior e pela Autoridade Nacional de Gestão de Emergência (NEMA) do Ministério da Defesa.
Soldados israelenses próximos da fronteira entre Israel e Líbano. (Foto: reprodução/Francisco Seco/AP)
As câmeras próximas as fronteiras do Líbano, colocadas pelo exército Israelense, foram destruídas pelo braço forte militar do Hezbollah. A intenção é dificultar o acesso de informações da fronteira libanesa para o exército israelense.
No último domingo (15), a aldeia israelense Shtula sofreu um ataque pelo grupo islâmico. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
Quem é o Hezbollah
O Hezbollah é um grupo islâmico xiita formado durante a Guerra Civil Libanesa, em 1982. O conflito resultou em desavenças entre diversos grupos que habitavam o país, principalmente entre cristãos e mulçumanos.
Os cristãos possuíam a maior parte do poder no Líbano e eram contra a presença do povo palestino no país, apoiando o fundamento de Israel. Por outro lado, os muçulmanos apoiavam os fundamentos palestinos e buscavam ter mais poder em terras libanesas.
Na época, o território libanês foi ocupado pelo exército israelense que foram motivados a expulsar as forças palestinas que atuavam no sul do país.
Depoi dessa ocupação, um grupo de clérigos muçulmanos criaram uma organização política e militar em defesa do povo xiita, considerado o grupo social, mais pobre e marginalizado do Líbano, o Hezbollah, que significa “Partido de Deus”.
O grupo, que foi criado como uma milícia (possui cidadãos com um provável poder policial), hoje é apoiado por 41% da população libanesa e está enolvida em diversas atividades sociais e organizações de atividades agrícolas, garantindo a economia de prosseguimento no sul do Líbano.
Foto destaque: Fronteira entre o Líbano e Israel no dia 16 de outubro de 2023. Reprodução/Lisi Niesner/REUTERS