Uma mulher de 57 anos tinha um certificado de vacinação contra o covid-19 falsificado, e nesta sexta-feira (10), uma autoridade médica de clínica informou sua morte em um hospital na região Sudoeste de Paris.
A paciente, sem antecedentes médicos, compareceu ao hospital de Hauts-de-seine tendo em mãos seu documento falso comprado por um médico, afirmando que teria se vacinado.
“Estava com a forma grave da doença, que progrediu rapidamente para um ataque respiratório severo”, disse Dijillali Annane, chefe da unidade de terapia intensiva do hospital, que foi entrevistado pela rádio RTL.
“Se os médicos soubesse que a paciente não estava vacinada contra o coronavírus, poderiam ter administrado precocemente anticorpos neutralizantes, que se sabe que são eficazes para reduzir o risco de progressão da doença”, esclareceu Dijillali.
“Um certificado de vacinação falso não protege contra o vírus e pode induzir a erro o médico que atendê-lo”, disse ainda o médico.
Ceritificado de vacinação falsificado na França é contrário às demandas impostas pelo contexto de pandemia do covid-19. (Foto: Georges Gobet/AFP)
O médico Dijilalli Annane também explica que foi o marido da mulher de 57 anos que admitiu a irregularidade em seu certificado de vacinação. O marido diz que se vacinou, mas que “teve dificuldades” para convencê-la a garantir a imunização.
O doutor chefe da unidade de terapia intensiva no hospital de Paris, lançou um alerta nesta sexta-feira para que nenhum paciente minta em relação a seu histórico vacinal, seja completo ou incompleto, pois pode prejudicar seriamente os cuidados prestados.
Esse caso não é isolado. Ainda esse ano, houve anúncios de detenções por suspeitas de emissão de documentos falsos de vacinação.
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Também na França, uma funcionária da Previdência Social da França, que trabalhava em um centro de vacinação em Paris, foi condenada a 18 meses de prisão por gerar 200 códigos QR falsos para vender como certificados de vacinação no país europeu.
Foto em destaque: Torre Eiffel, ponto turistico de Paris. Reprodução/Bertrand Guay/AFP