O “Projeto Múmia de Varsóvia” demonstrou um novo achado na última semana com um grupo de seus cientistas revelando duas reconstituições feitas digitalmente de um rosto do único exemplar conhecido de uma múmia egípcia grávida, realizadas a partir de estudos forenses e antropológicos.
A mulher por muito tempo teve sua origem apontada como incerta e, fazendo os cientistas acreditaram que a múmia se tratava de um sacerdote e teria sido trazida para a Polônia em meados de 1826. Mas após descobrirem a morfologia feminina, recebeu o apelido de ‘Senhora Misteriosa’
Porém hoje, a principal teoria entre os cientistas envolvidos na descoberta da senhora, apontam que a múmia se trata de uma mulher que haveria morrido aos 20 anos de idade, e com 28 semanas de gravidez, especulando que a possível causa teria sido de uma forma de câncer.
Ainda de acordo com os pesquisadores responsáveis pelo achado e pesquisa, diversos exames de tomografias computadorizadas e raios-X foram usados no processo, resultando na recriação de duas imagens semelhantes no que seria o rosto da senhora misteriosa.
Em ambas as reconstituições foi possível averiguar pelos cientistas de que a Senhora Misteriosa teria morrido em meados do século 1 a.C. tinha cabelos escuros-ondulados, olhos castanhos e uma pele negra.
Pesquisadores fazem uma tomografia computadorizada da múmia. (Foto: Reprodução / G1)
“Nossos ossos e o crânio em particular fornecem muitas informações sobre o rosto de um indivíduo“, disse a antropóloga forense italiana e integrante do projeto Chantal Milan.
“Embora não possa ser considerado um retrato exato, o crânio, como muitas partes anatômicas, é único e mostra um conjunto de formas e proporções que aparecerão parcialmente na face final”.
O Museu Nacional de Varsóvia, na Polônia já usa essa tecnologia de reconstituição facial para analisar sua coleção desde 2015, com as imagens em questão da múmia grávida sendo divulgadas em uma postagem no Facebook do projeto.
Mas apesar desses novos achados, o local de descoberta da múmia, tal como o itinerário que ela percorreu até a Polônia, ainda permanecem incertos. Apenas o que se sabe é que ela foi doada por um pesquisador polonês que diz a ter encontrado na antiga cidade egípcia de Tebas.
Em Katovice, cidade Polonesa, foi aberto uma exposição no museu Silesia Museum com uma exposição com essas reconstruções faciais, completamente aberta ao público este mês e deve ser realizada até março de 2023.
Foto Destaque: Em ambas as reconstituições é possível ver que a famosa múmia grávida que morreu em meados do século 1 a.C. tinha cabelos escuros-ondulados, olhos castanhos e uma pele negra. — (Foto: Reprodução / G1)