O navio Militar dos Estados Unidos, o USS Milius, passou pelo Estreito de Taiwan no último domingo (16), essa navegação americana acontece poucos dias depois da realização dos exercícios militares chineses perto da ilha. Esses exercícios duraram três dias e simularam um bloqueio a Taiwan.
Em meio as tensões entre China/Estados Unidos, a 7ª frota da Marinha dos Eua explicou o motivo do seu contratorpedeiro, USS Milius, navegar pelo Estreito de Taiwan, “trânsito de rotina”.
“O USS Milius realizou uma passagem de rotina pelo Estreito de Taiwan, no domingo, em águas onde a liberdade de navegação e sobrevoo em alto mar se aplica de acordo com o direito internacional”, anunciou a Marinha norte-americana em comunicado.
Navio contratorpedeiro americano, USS Milius (Reprodução/AFP – exame)
“O navio transitou por um corredor no estreito, localizado além de qualquer mar territorial de um estado costeiro”, disse a nota.
“Os militares dos Estados Unidos voam, navegam e operam onde quer que a lei internacional o permita”, salienta a Marinha Norte-Americana.
Recentemente houve o encontro entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, a China aponta este fato como o principal acontecimento para a realização dos exercícios recentes.
A China, que reivindica o controle de Taiwan, acompanhou a navegação do navio torpedeiro americano. O coronel Shi Yi, porta-voz militar chinês falou sobre a situação.
“As tropas (chinesas) mantêm continuamente um alto nível de alerta e defendem resolutamente a soberania e a segurança nacional, bem como a paz e a estabilidade regionais”, disse Shi Yi.
A posição do Brasil – O presidente Lula viajou na última semana para a China e encontrou com o líder do país, Xi Jinping, após o encontro o Brasil demonstrou um certo “apoio a China”, em relação a Taiwan, o Brasil (Ministério das Relações Exteriores) diz que: “Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.
“A parte brasileira reiterou que adere firmemente ao princípio de uma só China, e que o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território chinês. Ao reafirmar o princípio da integridade territorial dos estados, apoiou o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan. A parte chinesa manifestou o grande apreço a esse respeito”, diz o documento.
Após o USS Milius navegar em seu Estreito, o Ministério de defesa do país, colocou a situação como “normal”, e que o navio rumou ao norte.
Foto destaque: Navio dos Estados Unidos USS Milius (Reprodução/US Navy-Folheto via REUTERS)