Neta de Flordelis diz que familiares comemoraram morte de Anderson do Carmo

Franklyn Santiago Por Franklyn Santiago
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O julgamento da pastora Flordelis dos Santos de Souza, de três filhos e uma neta entrou no quarto dia. A ex-deputada é acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 16 de junho de 2019, na garagem da família em Pendotiba, Niterói. Nos primeiros dias, os depoimentos foram focados em contar a história da família, que junto com os filhos adotivos, somavam 55 pessoas, até chegar ao dia do crime. Em depoimento, a neta de Flordelis, afirmou que os familiares comemoraram a morte do pastor.


Flordelis e seu falecido marido, o pastor Anderson (Foto: Reprodução/Instagram)


Em recente depoimento à polícia, Raquel dos Passos Silva, filha de Carlos Ubiraci e neta de Flordelis, afirmou que após o pastor ser baleado, ouviu membros da família gritarem “Ele morreu!” em tom de comemoração e, em seguida, viu Ramon Oliveira recolher as capsulas das balas disparadas e dizer “sem as balas não há crime“.

Ali entendi que a família Oliveira tinha alguma coisa com isso. Assim que vimos que ele havia sido baleado e não sabíamos ainda se o Anderson estava morto, ouvi a Rafaela, irmã de Ramon, dizer: ‘se ele estiver vivo, eu pego minhas coisas e meto o pé dessa casa’”, contou Raquel em depoimento.

Ela também disse que, após Anderson ser levado pelos bombeiros, Flordelis recebeu ligações, as quais atendeu com um falso choro. Flordelis também disse várias vezes para que Flávio saísse da unidade: “Flávio tem que sair daqui“. Raquel diz que Flordelis tentou impedi-la de depor após o crime.

Brigamos porque eu não queria cozinhar para ela e saí da casa. Uma semana depois, ela soube que a DH tinha me chamado para depor e ela me ligou para que eu não fosse. Ficou fazendo ligações e enviando mensagens“. De acordo com Raquel, uma mulher que, se entitulava psicóloga de Flordelis, tentou induzi-la a mentir em seu depoimento, e todos na casa tiveram que passar por uma simulação.

Na parte do Ramon, disse que não podia contar para não ‘prejudicar’ e que teria que falar que fiquei no carro. Todo mundo passou por essa simulação. Ali na hora era como se fosse delegada“, além de tudo, foi relatado que Flordelis ofereceu propina para que todos colaborassem a esconder o caso “foi chuva de IPhone para os favoritos, parece que foi um prêmio, todo mundo trocou de telefone”.

O caso está no quarto dia e a família segue passando pelo julgamento.

 

Foto destaque: Flordelis e Anderson. Reprodução/Instagram

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