Nísia Trindade será a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, ela está entre os nomes anunciados nesta quinta-feira pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para o primeiro escalão do próximo governo. Nísia Trindade Lima é mestre em ciência política e doutora em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Estado Rio de Janeiro (IUPERJ), e graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Nísia já atuava como pesquisadora da Fiocruz desde 1987.
Em entrevista ao Globo, Nísia informa que uma de suas prioridades será a retomada da articulação da pasta com estados e municípios. Devido a relação abalada com o governo federal durante a pandemia da Covid-19 em virtude de condutas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro no combate à corona vírus. Nísia Trindade a atual presidente da Fiocruz, diz que mudar a postura será fundamental para ampliar a vacinação e reduzir as filas de espera por procedimentos médicos e cirurgias nos hospitais. De maneira realista, explica como considera fundamental atuar de maneira articulada com as demais áreas do governo “A saúde, sozinha, não resolve as principais questões que afetam a saúde dos brasileiros”.
Presidente eleito Lula e Nísia Trindade. (Foto: Reprodução/G1)
A presidente da Fiocruz ainda conta qual será a sua prioridade à frente do ministério, “Uma delas será a recuperação da capacidade de coordenação do Ministério da Saúde junto a todos os estados e municípios. Com isso, poderemos avançar na vacinação, na questão das filas, que o presidente tanto mencionou no seu discurso hoje, para procedimentos e cirurgias eletivas. Todas essas questões requerem uma coordenação do Ministério da Saúde”. Em resposta ao questionamento “O que representa ser a primeira mulher a comandar o ministério da Saúde?”. A nova ministra da saúde respondeu, “É uma emoção muito grande, mas também uma grande responsabilidade. Eu já venho de uma responsabilidade imensa, há seis anos na presidência da maior instituição de ciência e tecnologia da América Latina. A saúde precisa estar em todas políticas, então precisamos trabalhar juntos, com o Ministério da Saúde reassumindo o seu papel de coordenação efetiva”.
Ainda contou que a sua missão entregar um SUS fortalecido, com integralidade, para que todas as linhas de cuidado sejam exercidas. E que espera que um SUS fortalecido em todas as áreas: na ciência e tecnologia, na vigilância, na atenção, porque isso faz parte de um todo.
Foto Destaque: Nísia Trindade. Reprodução/Peter Ilicciev/Fiocruz
