O Instituto Nacional de Meteorologia, Inmet, publicou no último dia 23 de dezembro, o balanço do clima do país durante a primavera e revelou que o frio do mês de novembro foi o mais intenso em 46 anos.
O Instituto afirma que durante a primavera de 2022, a chuva foi o grande destaque, sendo acima da média em em quase todas regiões brasileiras, menos na região do Centro-Oeste e do estado do Rio Grande Do Sul, que fica na região Sul do país. De acordo com a pesquisa, nesses lugares, a chuva ficou em torno de 20% a 40% abaixo da média.
No Rio Grande do Sul, durante a primavera, choveu 197,5 milímetros. Ano passado, a chuva no estado chegou aos 254, 1 milímetros e em 2020, 293. A temperatura mais baixa da região durante a estação, foi a de 8,0°C e a mais alta, 37,2°C. No país, a média de chuva entre setembro e novembro foi de 793,3 milímetros, tendo 391 mm acima da média, que é de 407,3 milímetros.
Neve no Morro da Igreja em Santa Catarina no início de novembro. (Reprodução/Mycchel Legnaghi/São Joaquim Online)
A baixa temperatura que assolou o país em 2022 veio através do ar frio polar que ultrapassou a região Sul e chegou as áreas centrais do Brasil, fazendo com que geadas, frio e neve chegassem a esses locais. De acordo com o Inmet, os dias chuvosos e o ar frio também foram responsáveis pelas temperaturas baixas no leste do país. Assim, o Instituto Nacional de Meteorologia chegou à conclusão de que o mês de novembro de 2022 foi o mais frio entre os últimos 46 novembros no Brasil.
No dia 1º de novembro deste ano, aconteceu algo inédito em Santa Catarina, nevou no Morro da Igreja na Serra, em plena primavera. Em São Joaquim, também houve registros de uma chuva congelante por volta das 6h50. Em Bom Jardim da Serra, a temperatura chegou a -0,4°C e sensação térmica no bairro de Urubici de -20°C no momento em que neve caiu. Durante o intenso frio, a Defesa Civil alertou e deu dicas de como se proteger e pediu para à população se agasalhar e beber bastante água, além de dar atenção a crianças, idosos e pessoas doentes por serem mais vulneráveis a baixa temperatura.
Foto destaque: Chuva em São Paulo (Reprodução/Zazone Fraissat/Folhapress)
