Número vítimas pelo terremoto na Turquia ultrapassa 37 mil e catástrofe se torna a 7ª pior do século

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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O número de vítimas pelo terremoto de magnitude 7.8 que atingiu boa parte da Turquia e região da Síria ultrapassou a marca de 37.774. A catástrofe, assim, tornou-se a maior da história do país. Em 1986 (maior terremoto até então), o desastre deixou mais 32 mil pessoas mortas.

Passados oito dias do terremoto, as buscas sob os destroços de prédios e demais construções permanecem incessantes, na expectativa de encontrar pessoas que ainda estão desaparecidas.

Nesta terça-feira, dois irmãos foram encontrados após quase 200 horas soterrados pelos escombros da destruição causada pelo terremoto, em Kahramanmaras, na Turquia. São Muhammed Enes Yeninar, de 17 anos, e Baki Yeninar, de 21. 

Na Síria, o número de pessoas que perderam suas vidas em decorrência da catástrofe já se aproxima das 6 mil. A condição para um socorro emergente no país é complicada, pois motivações políticas impedem que a força-tarefa haja rapidamente. Além disso, os hospitais do país não possuem suporte para abastecer toda a população. Diante de inúmeros conflitos bélicos, alguns hospitais da Síria acabaram sendo destruídos.


Bombeiros atuam dia e noite na tentativa de slavar vidas, em Kirikhan, na Turquia. (Foto: Reprodução/PIROSCHKA VAN DE WOUW/Reuter)


Piora da crise na Síria

“Se eles enviassem equipamentos pesados e buscassem e resgatassem equipamentos avançados para localizar aqueles presos sob os escombros, é claro que poderíamos ter salvado mais pessoas”, disse à CNN Ismail Abdullah, bombeiro sírio.

Ele conta que o noroeste do país, região mais afetada pela guerra e pelo terremoto, não é ouvido e muito menos recebe ajuda de outras nações. Há anos o país sofre com invasões e ataques russos. 

Ele conta que o terremoto, que levou à morte de mais de 5 mil pessoas, apenas intensificou a crise humanitária no país. O período de inverno também é um fator agravante na situação.

“Ouvimos as pessoas gritando: ‘nos tire daqui, nos tire daqui’. Então eles ficaram quietos. Todos eles morreram. Não havia ninguém para tirá-los. Dois dias depois, eles retiraram um menino e uma menina. Seus cadáveres ainda estavam quentes”, contou uma mãe à CNN após a ONU admitir falha na atuação sobre a Síria. 

 

Foto Destaque: Terremoto na Turquia. Reprodução/EBC.

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