Os Estados Unidos estão enviando bombas proibidas em mais de 100 países para a Ucrania. Em anúncio feito, foi dito que os EUA estão atendendo um pedido feito pelos ucranianos para o fornecimento da munição cluster, que é bastante controversa. Grupos de direitos humanos estão fazendo várias críticas, pois esse tipo de equipamento é proibido em diversos lugares.
Munição cluster nada mais é do que um método de um grande número de pequenas bombas de um míssil, foguete ou projétil de artilharia que, em pleno voo sobre uma ampla área, as espalha.
Elas devem explodir assim que tocam o chão, porém há uma “falha” que as faz não explodirem no momento que tocam ao solo, especialmente, em solo úmido ou macio. Para que ocorra a explosão nesse caso, é necessário que alguém as segure ou pise, se isso ocorrer a vítima acaba mutilada ou morta.
Munições que não explodem podem formar um campo minado. (Foto: reprodução/ g1)
Vendo pelo lado militar, elas são terrivelmente eficazes contra as posições fortificadas, fazendo com que grandes áreas fiquem muito perigosas para se andar até que sejam limpas cuidadosamente, e contra tropas terrestres entrincheiradas.
Esse tipo de munição é proibido em mais de 100 países, entre eles Reino Unido, França e Alemanha, que assinaram a Convenção sobre Munições Cluster, um tratado internacional que proíbe o armazenamento ou uso desse equipamento devido ao seu efeito devastador sobre as populações civis. Grupos de direitos humanos consideram seu uso um crime de guerra, fazendo sua descrição como “abomináveis”.
Desde o início da Guerra, em fevereiro de 2022, ambos os países têm feito o uso desse tipo de munição, tanto que nenhum Rússia e nem Ucrania assinaram o acordo que as proíbe. Os EUA também não assinaram, porém já criticaram o uso excessivo da arma pela Rússia.
O efeito que essa decisão dos Estados Unidos terá será de possíveis acusações de crimes de guerra contra eles. Além disso dará a Vladimir Putin o que ele quer, desacordo e divisão entre os países ocidentais.
Foto destaque: Marcas deixadas pela munição cluster Kharkiv, na Ucrânia. Reprodução/ Joel Gunter/ BBC
