O número de óbitos de 2022 bate recorde, diz IBGE

Luísa Giraldo Por Luísa Giraldo
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (16), que houve um aumento de 18% no número de óbitos no Brasil em 2021. O número total de mortos no ano, 1,8 milhão, bateu um novo recorde, com cerca de 273 mil mortes a mais do que em 2020.

O IBGE compartilha dados dos óbitos de cada ano no Brasil desde 1974. Entre os percentuais divulgados anualmente pelo Instituto, também estão os dados relacionados ao total de crianças nascidas no país.

Em 2020, os 1,5 milhão de óbitos já haviam se tornado um marco histórico para o país. A alta seguinte aconteceu em 2021, principalmente durante o primeiro semestre, segundo o IBGE. Com o maior número de mortes, o mês de março chegou à marca de 202,5 mil, 77,8% a mais do que o registrado naquele mesmo período em 2020.

A partir de julho daquele ano, houve uma tendência de queda dos óbitos. Quando comparados ao mesmo mês do ano anterior, de setembro em diante eles despencaram.

A implementação de medidas sanitárias e, posteriormente, as campanhas de incentivo à vacinação parecem ter contribuído para o recuo da pandemia e suas consequências. Há uma clara aderência entre a diminuição no número de óbitos e o avanço da vacinação no país”, aponta a gerente de pesquisa do IBGE, Klivia Brayner.

 

Queda nos nascimentos

O Instituto também revelou que o número de nascimentos caiu 1,6% em 2021, com a diminuição de 43 mil em relação a 2020, totalizando 2,6 milhões. O índice apresenta queda pelo terceiro ano consecutivo.

As maiores quedas foram das regiões Sudeste, com 4%, e Sul, com 3%. Por outro lado, a queda de 1,1%, registrada no Centro-Oeste, ficou abaixo da média nacional. As regiões Norte e Nordeste apresentaram aumento de 4,3% e 0,1%, respectivamente, nos nascimentos.


Fotografia de um bebê recém-nascido (Reprodução/Cartório do Sergipe)


Entre os anos de 2018 e 2019, a redução foi de aproximadamente 3%. E, no comparativo seguinte, entre 2019 e 2020, 4,7%.

Já apontada pelos últimos Censos Demográficos, Klívia observou que a redução de registos de nascimentos parece estar associada à queda da natalidade e da fecundidade no país. Ela apresentou a hipótese de que a insegurança entre os casais, causada sobretudo pela pandemia,  pode ter resultado no adiamento da decisão pela gravidez.

Foto destaque: Fotografia de duas pessoas enterrando uma pessoa durante a pandemia (Reprodução/El País)

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