OceanGate demitiu diretor por questionar segurança do submersível

Welyson Lima Por Welyson Lima
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Nesta terça-feira (20), documentos da Justiça dos Estados Unidos trouxeram à tona a informação de que o ex-diretor de operações marítimas da OceanGate, proprietária do submersível desaparecido, foi demitido por questionar a segurança do veículo turístico, chamado de “Titan”, utilizado pela empresa a fim de realizar expedições ao local onde aconteceu a tragédia do Titanic.


Navio Deep Energy que participa das buscas. (Foto Reprodução:G1)


Lochridge começou a trabalhar ao OceanGate em maio de 2015, à época como contratado independente antes de ser promovido ao cargo de diretor de operações marítimas, segundo informaram os documentos judiciais. Há cinco anos, num processo aberto em Washington, a Oceangate acusa Lochridge de causar violação a um acordo de confidencialidade por divulgar informações confidenciais e proprietárias.

No entanto, Lochridge, em uma reconvenção, afirmou que foi demitido pela empresa em janeiro de 2018 após questionar criticamente a segurança do veículo marítimo, especialmente em relação ao “design experimental e não testado da Oceangate do Titan”. Ele estava preocupado com “o controle de qualidade e segurança do Titan”. Segundo informações do documento, a preocupação de Lochridge se dava em virtude da “recusa da Oceangate em realizar testes críticos e não destrutivos do projeto experimental do casco”.

Lochridge chegou a alertar a respeito do perigo, uma vez que segundo ele, os passageiros do Titan poderiam ficar expostos ao perigo o veículo marítimo atingisse profundidades extremas. Ainda no registro, ele chegou a afirmar que a porta de observação na extremidade dianteira do submersível foi construída a fim de sustentar uma pressão de 1.300 metros. Ou seja, mesmo que a OceanGate quisesse levar os passageiros a profundidade de aproximadamente de 4.000 metros, o submersível, porém, não teria essa capacidade.

O Titanic, por sua vez, encontra-se a uma profundidade de aproximadamente 3.800 metros.O ex-diretor ainda alertou a OceanGate, para que usasse uma agência de classificação como o American Bureau of Shipping a fim de inspecionar e certificar o Titan, afirma o documento. Esforços de busca da guarda costeira dos EUA e do Canadá está em andamento no Atlântico do Norte. O Submersível OceanGate desapareceu no domingo (18), transportando cinco pessoas, com a missão de realizar uma expedição aos destroços do Titanic.

 

Foto Destaque: Submersível “Titan”. Foto Reprodução/Pixabay

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