Mesmo no inverno, o Chile passa por problemas com a temperatura, que está bastante elevada para esta época do ano. Ela chegou a 38,9°C nos Andes na última terça-feira (01), um novo recorde nacional. Para as regiões de Antofagasta, Atacama e Coquimbo, no norte do Chile, um aviso dizendo que haveria eventos de alta temperatura com duração até sexta-feira (4) foi emitido pelo serviço de meteorologia do Chile.
Causas das temperaturas elevadas
Há um motivo de esses eventos de temperaturas elevadas ocorrerem, que é a presença de uma massa de ar quente que encobre o interior da América do Sul. Segundo a MetSul, é esperado um aumento nas temperaturas em outros locais como Uruguai, Paraguai e norte e centro da Argentina.
No interior da América do Sul, anomalias entre 10ºC e 15ºC acima da média histórica foram previstas (Foto: reprodução/Metsul)
Além da presença da massa de ar quente, há outros fatores determinantes para o calor exagerado e um deles é o El Niño, evento que eleva as temperaturas e diminui o rigor do inverno. Ele dificulta a entrada de frentes frias no continente porque esse fenômeno age transportando umidade. Além disso, há a queima de combustíveis fósseis, que afeta o mundo inteiro e não só os Sul-americanos.
Situação no Brasil
No Brasil, as maiores surpresas com o clima ocorreram no Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, mais especificamente em Porto Xavier. O município registrou máxima de 30,9°C. A tendência é ter um aumento na temperatura, visto que o ar quente avança para o Norte e Nordeste da Argentina, o que deve gerar esse aumento nos próximos dias.
A OMM (Organização Meteorológica Mundial) apontou, através de comunicado que, provavelmente, o mês de julho seria o mais quente de toda a história das medições. Isso porque, após três anos de La Niña, que provoca frio mais intenso e fora de época, o El Niño voltou com força, podendo se configurar como um Super El Niño, o que causaria um aquecimento igual ou superior a 2,5°C.
Foto destaque: onda de calor causa anomalia na temperatura durante o inverno chileno. Reprodução/Metdesk