ONU alerta sobre riscos do “El Niño” para o próximo ano em novo relatório

Pedro Léo Por Pedro Léo
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Em documento divulgado nesta quarta-feira (3), a Oragnização das Nações Unidas (ONU) alertou sobre o El Niño – fenômeno climático que causa secas no nordeste do Brasil. Ocorrendo em média a cada dois ou sete anos e durando de nove a doze meses, a última vez que aconteceu foi em 2016, considerado o ano mais quente já registrado. O El Niño é associado a elevação de temperaturas na costa oeste da América do Sul, e causa algumas anomalias climáticas.

De acordo com o relatório da ONU, o fenômeno deve durar até setembro e pode levar temperaturas a números recorde, causando seca no norte e nordeste do país. Dessa vez, o fenômeno supostamente será diferente, acontecendo mais cedo que o previsto; Geralmente começando em junho ou julho e atingindo o ápice em dezembro, o fenômeno já começou e deve atingir o ápice em outubro. É o que disse Márcio Cataldi, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Outro fato bastante complicado é que, por questões da ação do homem, em uma força associada ao aumento dos gases do efeito estufa, os oceanos de uma maneira geral estão todos muito quentes. Os efeitos do El Niño vão ser bastante difíceis de serem previstos, porque não temos no passado uma situação em que ele tenha ocorrido com essas condições de planeta e de água tão aquecidos”, completou Cataldi.


O aquecimento do fenômeno El Niño representado em um mapa (Foto: reprodução/NOAA)


Ainda não há noção da força ou duração do El Niño, que ainda está em monitoramento por especialistas. Porém, levando em conta o ano de 2016, pode-se dizer que o próximo verão – quando o efeito for mais aparente – será mais quente, com um menor índice de chuva pelo país. Exceto o sul, que terá o efeito contrário – mais chuvas, até mesmo com presença de granizo.

Com os últimos oito anos sendo os mais quentes já registrados na terra, o El Niño ameaça elevar ainda mais esse número e acelerar o aquecimento global – algo que seria preocupante no cenário atual.

Foto destaque: ONU/Reprodução

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