Pai de quíntuplos perde a luta contra síndrome

Eleonora Gonzalez Por Eleonora Gonzalez
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Jayme Reisen, de 40 anos, perde a batalha contra a síndrome hemofagocítica ou doença de Hodgkin.

Em junho de 2019, Jayme Reisen e sua esposa Mariana Mazzelli, que são moradores da Praia do Morro, em Guarapari, Espírito Santo tiveram quíntuplos Benício, Jayme, Bella, Lais de Beatriz nasceram com 27 semanas, prematuras, (o ideal de uma gestação são de 40).


(Foto: g1/Jayme Raisen, pai dos quíntuplos capixabas, trata linfoma há oito meses — Foto: Arquivo pessoal)


Participaram de um reality show chamado “Quintuplicou” que mostrava a rotina da família e ficaram famosos. Em 3 de maio o casal completaria 9 anos de casamento.

A síndrome de hemofagocítica ou doença de Hodgkin é uma doença rara origina-se no sistema linfático e está ligada à imunidade. A síndrome em ataca as células do sistema sanguíneo. A taxa de óbito nesses casos é alta.

Febre muito alta, anemia, plaqueta baixa, e do fígado são sintomas comuns. Uma forma de fazer o diagnóstico é o alto nível de ferritina no sangue cerca de 25 mil ng/ml, onde o normal é de 100 e 200 ng/ml. O tratamento segue um protocolo e o ideal é um transplante de medula óssea.

Segundo médicos, não há explicação sobre como surge essa síndrome.

A descoberta foi em março de 2022, “O câncer já estava em estado avançado e agressivo quando a gente descobriu. Foi um choque. Ficamos bem assustados com o diagnóstico, mas depois veio a calmaria, porque o Jayme transformou todos os momentos, em momentos de esperança de fé”, disse Mariana.

Jayme foi convidado a participar de um estudo no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo foi submetido a quatro infusões, mas sem melhora.

“Ele sempre foi uma pessoa muito corajosa e sempre queria me passar positividade. Até mesmo depois que ele fez a primeira sessão de ‘quimio’ e não deu certo, depois ele fez uma ‘quimio’ que fica cinco dias internado e, não deu certo”.

“Ele acabou sendo acometido por uma síndrome hemogagocítica, que acontece em pouquíssimos casos e essa síndrome paralisou o fígado e os rins, e foi cruel com ele”.

“O Jayme deixa uma missão para mim que é amar, cuidar e proteger os nossos filhos, essa era a maior preocupação dele, e eu vou tentar seguir, cumprir essa missão que ele me deixou, da melhor forma que eu puder. Mesmo que os momentos estejam muito difíceis agora. Foi muito difícil chegar em casa e perceber que eu não tenho mais a presença dele aqui, mas sigo confiante que vamos todos nós nos encontrar novamente e celebrar tudo que nós vivemos juntos”, disse Mariana. Jayme faleceu no dia 19 de abril.

Foto destaque: g1/Foto: Reprodução/Acervo pessoal

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