Papa Francisco condena e pede proibição da barriga de aluguel

João Pedro Turati Por João Pedro Turati
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O Papa Francisco pede à proibição global da prática conhecida como barriga de aluguel, argumentando que esta constitui uma séria transgressão à dignidade tanto da mulher, quanto da criança. O pontífice de 87 anos expressou sua desaprovação à prática da maternidade de aluguel, considerando-a lamentável, pois representa uma exploração das necessidades materiais da mãe, resultando em uma violação significativa da dignidade.

Discurso no Vaticano

Em um discurso de 45 minutos para diplomatas no Vaticano, o Papa Francisco reforçou sua posição contra a barriga de aluguel destacou que a ideia é particularmente condenável devido à exploração de situações de necessidade material das mães envolvidas. Ele enfatizou que, do ponto de vista ético, muitos países já proíbem essa prática.

No Brasil, a legislação considera ilegal a comercialização da gravidez, e a constituição proíbe a prática, exceto quando há vínculo sanguíneo entre a mulher e o casal que busca a gestação. Nos demais casos, é necessário obter a autorização expressa do Conselho Regional de Medicina.


Papa Francisco. (Foto: Reprodução/Guglielmo Mangiapane).


Além disso, o Papa reiterou a oposição do Vaticano à ideologia de gênero, caracterizando-a como “extremamente perigosa” por sua tentativa de nivelar as diferenças em sua busca por igualdade. Ele destacou a complexidade e fluidez da teoria de gênero, que vai além das categorias binárias de masculino e feminino, dependendo de características sexuais visíveis.

Permissão de bênção para casais de mesmo sexo

Vale ressaltar que em dezembro de 2023, o Papa Francisco tomou uma medida inovadora ao autorizar padres de todo o mundo a concederem bênçãos a casais do mesmo sexo. A decisão permitiu que os padres realizassem o ritual, se assim desejassem, enquanto também garantia que não pudessem impedir a entrada de pessoas em situações em que buscam a ajuda de Deus através de uma simples bênção, mesmo que relacionadas a uniões homoafetivas.

Foto destaque: Papa Francisco. (Reprodução/Vatican Media)

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