Nesta quarta-feira (3), o Papa Francisco conversou com um membro de alto escalão da Igreja Ortodoxa Russa, dias depois do argentino ter feito um comentário que revelou a existência de uma “missão” para tentar acabar com a guerra na Ucrânia, durante uma coletiva de imprensa a caminho de casa após uma visita de fim de semana à Hungria.
O metropolita (bispo) ortodoxo russo, Anthony de Volokolamsk, estava sentado ao lado do Cardeal Lazarus You Heung-sik, prefeito do Dicastério para o Clero, e foi o primeiro levado para cumprimentar o papa, após sua audiência geral semanal na Praça de São Pedro. Na qual Anthony apertou as mãos dele enquanto os dois conversaram cordialmente por algum momento, o Papa passou mais tempo conversando com ele do que com os outros e o metropolitano ortodoxo presenteou Francisco com um ícone cristão antes de ser recebido pela equipe do Vaticano.
Em seu retorno de uma viagem à Hungria na noite de domingo, durante uma coletiva de imprensa. Francisco foi questionado por um repórter se o Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, e autoridades da Igreja Ortodoxa Russa poderiam acelerar o processo de paz e tentar acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia, o Papa confirmou que o Vaticano está envolvido em uma “missão” secreta de paz, mas ainda não revelou o objetivo: “há uma missão em andamento agora, mas ainda não é pública. Quando for pública, eu a revelarei”.
Durante os três dias em que Francisco passou em Budapeste, ele manteve reuniões privadas com Viktor Orbán, que mantém relações com Moscou, bem como com o ex-enviado estrangeiro da Igreja Ortodoxa Russa, que tem apoiado fortemente a guerra
