Papua-Nova Guiné assina acordo de proteção com os Estados Unidos

Pedro Léo Por Pedro Léo
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A região da Oceania teve um tarde polêmica nesta segunda-feira (22). A Papua-Nova Guiné, país situado acima da Australia, assinou acordo de segurança marítima com os Estados Unidos, em pacto que foi assinado pelo primeiro-ministro do país, James Marape, junto com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

A região vive um momento de tensão, onde os Estados Unidos e a China têm interesse em expandir sua influência, em uma espécie de nova Guerra Fria.

As investidas dos dois países para dominar o conjunto de ilhas, que é um importante ponto estratégico no sul do pacífico, tem sido grandes nos últimos anos, com os americanos tentando combater a crescente expansão da China e sua influência econômica global. Ano passado, os asiáticos deram um passo à frente, assinando um acordo com as Ilhas Salomão, porém não conseguiu com as demais ilhas da região.


James Marape, primeiro-ministro de Papua-Nova Guiné, com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA. (Foto: Reprodução/Adek Berry)


O acordo teria sido assinado por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos que estava visitando a Ásia e a Oceania, porém o mesmo teve que voltar para o país, sendo substituído pelo Secretário de Estado. A Papua-Nova Guiné afirmou que o acordo ajudará a melhorar a capacidade de defesa do país, afirmando que “não tem inimigos, mas vale a pena estar preparado”. O país ainda adicionou que o acordo não os impede de ainda trabalhar com outros países, incluindo a própria China, que é uma importante investidora.

Os detalhes do acordo não foram divulgados, e questões sobre sua transparência foram levantadas em Papua-Nova Guiné. Especialistas também afirmam que o pacto pode gerar divisões na região, com alguns países aderindo à China enquanto outros seguirem Papua-Nova Guiné e apoiarem os Estados Unidos algo que prejudicaria a união entre esses países, que sempre foi priorizada. Ainda assim, o acordo é visto como uma vitória dos Estados Unidos em seu objetivo de diminuir a influência Chinesa, visto que a Papua-Nova Guiné é um dos países mais fortes da região.

 

Foto destaque: Papua-Nova Guiné vista de cima. David Kirland/Reprodução

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