Parlamentares do PSOL protocolam petição de prisão preventiva de Bolsonaro

Juliana Gomes Por Juliana Gomes
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Parlamentares do PSOL protocolaram, nesta segunda-feira (2), uma petição, no Supremo Tribunal Federal (STF), de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ação, é solicitado a quebra de sigilo telefônico e telemático, busca e apreensão de provas e documentos e do passaporte do ex-presidente.

Bolsonaro é acusado pelos integrantes do partido de atentar contra a democracia, enaltecendo a ditadura militar, compartilhar fake news e defender golpe de Estado. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) confirmou a informação em publicação em rede social. “Entramos hoje no STF com o pedido de prisão de Bolsonaro. Sem anistia!”


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Entramos hoje no STF com o pedido de prisão de Bolsonaro. Sem anistia!</p>&mdash; Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) <a href=”https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1609903713795342338?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 2, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Tweet de Guilherme Boulos (Reprodução/Twitter)


O documento ressalta que, além de manter a própria base radicalizada ativa, “infelizmente, o histórico de disseminação de fake news, com intuito golpista, do ex-presidente Bolsonaro: ele, desde o início da sua Presidência, vem arquitetando o atual cenário que vivemos”.

Tal postura de atacar as instituições responsáveis pelo processo eleitoral somada a completa ausência de uma declaração dirigida a seus apoiadores reconhecendo sua derrota no pleito demonstram de maneira inconteste que Jair Messias Bolsonaro está deliberadamente mantendo sua base radicalizada ativa, o que culminou em diversos atos criminosos e terroristas ao redor do Brasil, configurando uma verdadeira organização criminosa contra a democracia”, diz o documento.

A viagem de um mês aos Estados Unidos feita pelo ex-presidente, na última sexta-feira (30), foi também citada. “Ademais, o fato de Jair Messias Bolsonaro ter viajado aos Estados Unidos da América ainda enquanto Presidente da República sem qualquer justificativa oficial a fim de evitar estar no território brasileiro a partir do final de seu mandato também se revela como um elemento que evidencia o periculum libertatis, posto se consubstanciar em risco à aplicação da lei penal, devendo, ao menos, ter seu passaporte apreendido a fim de que não volte a fugir caso volte ao território brasileiro”.

Como signatários, o documento tem a atual bancada do PSOL na Câmara e os deputados federais que assumirão em feveiro.

O Presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também assinou o documento e disse que Bolsonaro cometeu crimes em série durante o próprio governo. “Chamá-lo de genocida não é exagero. Infelizmente as instituições não agiram a tempo e tivemos de esperar até as eleições”. A líder da bancada do partido na Casa, a deputada Sâmia Bomfim (SP) concorda que Bolsonaro precisa ser responsabilizado “pelo mal que fez ao Brasil”. “O inquérito dos atos antidemocráticos já identificou vários criminosos da extrema-direita no Brasil. Agora é preciso que o principal líder, que não é mais presidente da República, também seja enquadrado“.

 

Foto destaque: Ex-presidente, Jair Bolsonaro. Reprodução/Poder 360.

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