A Câmara dos Deputados recebeu nesta última quarta-feira (29/03) a maior formação de um bloco de atuação na Casa com cinco partidos, anunciando uma atuação conjunta que totaliza 142 parlamentares no total que reúne partidos aliados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), formados pelo MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC. A junção ainda conta com partidos que haviam declarado independência ou previamente sinalizado oposição.
O deputado federal Fábio Macedo (Podemos-MA) foi eleito como líder do bloco consolidado. “Unimos as lideranças dos partidos para juntos seguirmos defendendo e levantando as bandeiras programáticas como a independência do parlamento, a despolarização política, a busca por consensos, a defesa da democracia e o desenvolvimento do Brasil”.
Os blocos dos parlamentares tem formação de dois ou mais partidos para atuar em conjunto na Câmara, ambos com líderes em comum que possuem influência na distribuição de cargos e no comando das comissões.
O anúncio foi feito essa semana, mas todos os cinco partidos já estavam unidos desde 1º de fevereiro, prontos para atuar na reeleição de Lira na presidência da Casa. Outros 15 partidos também estavam na composição.
Arthur Lira, durante sessão da Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução / G1)
No todo, o bloco conjunto agora supera a iniciativa previamente articulada por Arthur Lira, presidente da Câmara, de unir o PP e o União Brasil, que veria a ser formado por 108 deputados, cujas siglas vinham no intuito de formar uma federação partidária, que visa a união de partidos no tempo mínimo de quatro anos para além da atuação na Câmara. No entanto, na atual união dos cinco partidos, as siglas foram deixando o grupo com o passar dos dias, e agora somente reúnem o MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.
Porém, a nova união do bloco confronta um dispositivo do regimento interno da Casa. Visto que o União Brasil e PP participaram do então apelidado “blocão” que fora formado para eleger Arthur Lira em fevereiro. E dentro das regras de funcionamento da Câmara, eles não podem integrar outro bloco no prazo mínimo de um ano.
“Sempre defendi a unidade para reduzirmos o número de partidos, fortalecendo-os e dando à sociedade confiança no nosso sistema partidário. Dessa forma, reafirmamos o compromisso com a democracia e o parlamento brasileiros“, disse Lira em suas redes sociais.
Apesar da clara frustração demonstrada, Arthur Lira respeitou a decisão da casa e agora se reúne com lideranças dos partidos que formaram o que é agora o maior bloco de partidos da Câmara dos Deputados.
Foto Destaque: Plenário da Câmara (Reprodução / G1)