Neste sábado (20), a Polícia Civil do estado de São Paulo divulgou que aceitou o pedido de defesa do tenente Henrique Otávio de Oliveira Velozo, detido após atirar e matar o lutador campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo. O homicídio ocorreu no dia 7 de agosto, no Clube Sírio de São Paulo, depois do ato fatal o policial se entregou para a Corregedoria e se mantém retido no presidio militar Romão Gomes.
O pedido da defesa de Henrique Otávio argumenta que o tenente agiu sob legitima defesa. Segundo os advogados do policial, Henrique teria sido coagido por cerca de seis lutadores durante o show que ocorria no Clube Sírio e por isso atirou, numa tentativa de defesa. O advogado do tenente, Claudio Dalledone já havia solicitado anteriormente à Polícia Civil a realização de exames complementares por meio do sangue coletado do lutador morto. Ainda segundo a defesa, o pedido de reconstituição foi autorizado, mas permanece sem data agendada.
Leandro Lo foi campeão mundial pelo jiu-jistu duas vezes (Foto: reprodução/Instagram)
De acordo com o advogado da família do lutador, Leandro e Henrique haviam discutido pouco antes do acontecido, e imobilizou o homem para intervir os ânimos. Logo ao se distanciar, o policial puxou uma arma e disparou uma única vez na cabeça de Leandro e chutou duas vezes o corpo do lutador antes de fugir. Segundo amigos próximos da vítima, Leandro e Henrique já teriam se confrontado em outros dias antes do ocorrido
Em imagens de câmera de segurança de uma boate em Moema, obtidas pela reportagem do SP2, é possível identificar Henrique, autor do disparo que matou Leandro Lo alguns instantes antes há dois quilômetros do prédio. Após deixar o local e fugir da cena do crime, o tenente foi até a boate e consumiu bebidas alcoólicas, agua e energético, totalizando um consumo de quase R$ 1,6 mil. Depois de quase duas horas, o policial saiu do local acompanhado de uma mulher, supostamente garota de programa e teriam se deslocado para um motel em Pinheiros, do lado oeste de São Paulo.
A defesa do policial disse que as imagens das câmeras devem ser analisadas aos autos, e a perícia seria acionada se necessário. “A defesa não vai permitir que se criem conclusões precipitadas, pré-julgamentos. É preciso ter cautela para que haja um julgamento justo”, afirmou Dalledone.
Foto destaque: Policial Militar, Henrique Otávio acusado de matar o lutador Leandro Lo. Foto: reprodução/Twitter@agrande_verdade.