As tropas russas deixaram a cidade de Kiev nesta terça-feira (29), afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby. Porém, segundo ele, ainda é cedo para julgar as ações que a Rússia pode tomar. “Não devemos nos enganar com as alegações recentes do Kremlin”, disse Kirby.
Ele ainda disse que acredita que as movimentações das tropas russas podem ser apenas um reposicionamento. “Houve movimentação de algumas unidades russas saindo de Kiev nos últimos dias. Mas acreditamos que este é um reposicionamento, não uma retirada real”, completou John Kirby.
Mesmo com os representantes do governo russo afirmando a retirada e redução de ataques em Kiev, o próprio governo ucraniano não acredita nas promessas de Vladimir Putin. Segundo o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky, ainda são ouvidas bombas nos entornos de Kiev.
É também o pensamento do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia, que em postagem recente no Facebook, disse acreditar em ser uma “rotação de unidades individuais”. O objetivo disso, segundo o Estado-Maior, seria criar um equívoco sobre a posição das tropas russas, para enganar militares ucranianos.
As equipes militares russas continuam se concentrando na parte leste do país, próximo a Donetsk, e continuam atacando. Em assentamentos próximos a cidade de Zaporizhizhia, os ucranianos acreditam que os russos estão se fortalecendo e plantando campos minados.
Uma nova reunião da Otan
Após as negociações entre Rússia e Ucrânia diversos países se reunirão junto aos representantes ucranianos em um encontro de dois dias dos ministros de Relações Exteriores da Otan, na próxima semana.
Os países convidados para se reunirem com a Otan foram a Austrália, Finlândia, Geórgia, Japão, República da Coreia, Nova Zelândia, Suécia e a Ucrânia, junto com o Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores. O esperado é que a reunião aconteça dia 7 de abril.
Além disso alguns membros da Otan se reuniram virtualmente nesta terça-feira. Após a reunião o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por mais de uma hora com o presidente Francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi e o primeiro-ministro britânico Boris Jhonson. Mas até o momento não foram divulgadas informações sobre o que foi discutido na conversa.
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