Recentemente, Barry Prizant, um dos maiores pesquisadores sobre o Transtorno do Espectro Autista da atualidade, lançou um livro chamado Humano à Sua Maneira (Edipro). Nele, o professor fala sobre alguns mitos que vêm sendo propagados acerca do autismo na atualidade, além de procurar fornecer orientações que auxiliem as famílias no suporte a autistas que estão em seu cotidiano.
Diagnósticos de autismo têm aumentado nos últimos anos
De acordo com o pesquisador, ainda não há uma resposta para o crescente de diagnósticos de autismo, e ele diz ter dúvidas se os casos estão realmente em uma crescente ou se apenas está havendo um melhor reconhecimento por parte das famílias e da sociedade.
Barry Prizant, escritor do livro Humano à Sua Maneira. (Foto: Sandor Bodo/The Providence Journal)
Entretanto, Barry também alerta para um outro fenômeno, ultimamente mais comum em adultos: o do autodiagnóstico. Ele diz que, em muitas situações, as pessoas acabam por assumir que têm o transtorno, quando na realidade não é o caso. E isso tem ocorrido também no seio médico, com profissionais diagnosticando crianças com autismo equivocadamente, quando elas são detentoras de outras condições de neurodesenvolvimento, como dificuldades de aprendizado ou TDAH: “O que torna tudo mais complicado é que muitas dessas condições também podem ocorrer simultaneamente ao autismo”, disse.
Reação da sociedade para com autistas ainda precisa mudar
Barry também relatou que a maior reclamação dos familiares de autistas é a respeito da reação de outras pessoas sobre seus filhos ou parentes com o transtorno, e a limitação que sofrem na hora de conseguir empregos ou até mesmo vagas em escolas. Para o pesquisador, o correto seria aprender os pontos fortes e fracos dessas pessoas, pois os níveis de desenvolvimento são únicos em cada indivíduo, e nem todo autista precisa de condições e estruturas especiais em colégios ou no trabalho.
Foto destaque: Fita com quebra-cabeças colorido é o símbolo do autismo. Reprodução/Freepik.