O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, concedeu uma entrevista na última terça-feira (9) para a rádio CBN, em que alegou acreditar que o caso do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, por fim, apresentará um desfecho em 2024.
“Esse é um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há menos de um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, mas com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso”, disse Andrei. Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos em 2018, ao terem o veículo no qual estavam cercados por tiros.
Não é a primeira vez que falam sobre o desfecho do caso de Marielle
O Ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, também assegurou, durante uma assembleia ocorrida em dezembro do ano passado, que a investigação do inquérito sobre a morte de Marielle apresentaria um ponto final em breve. Vale ressaltar que os ex-policiais Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa se apresentam ainda como os principais acusados e tiveram suas prisões promulgadas ainda em 2019. No entanto, ao tratar-se de uma apuração extremamente confidencial, até hoje, não foi declarado oficialmente os mandantes do crime.
“É claro que eu não controlo o inquérito, não tenho a honra de ser policial. Mas o Dr. Andrei [Rodrigues] está aqui. Eu quero reiterar e cravar. Não tenham dúvida, o caso Marielle em breve será integralmente elucidado”, relatou Dino. De qualquer forma, o ministro também não assegurou datas oficiais sobre as possíveis próximas declarações relacionadas o fato.
Relembre resumidamente sobre quem foi Marielle Franco
Marielle Franco, quando ainda era vereadora, em um evento da Câmara Municipal (Foto: reprodução/Gabriel de Paiva/Agência O Globo)
Eleita vereadora do Rio de Janeiro em 2017 pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Marielle Francisco da Silva – ou apenas Marielle Franco – foi reconhecida por seu ativismo político constante, especialmente em pautas interligadas aos direitos humanos. Um grande exemplo foi sua luta por direitos femininos, como dados sobre violência doméstica e aumento da participação das mulheres no cenário político.
Além disso, foi uma grande voz durante a Intervenção Militar Federal do Rio de Janeiro, ocorrida em 2018. Na ocasião, a vereadora ficou à frente das inúmeras denúncias retratadas sobre abusos de poder de autoridades para com os moradores das comunidades — regiões sempre muito defendidas por Marielle, principalmente por ter sido criada, mais especificamente, na comunidade do Complexo da Maré.
Foto destaque: retrato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro que foi morta em 2018 (Reprodução/Márcia Foletto/Agência O Globo)