PF cumpre sete mandatos de busca em empresas de Maxuell, preso pelo caso de Marielle Franco

Letícia Santos Por Letícia Santos
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Nessa sexta-feira (04), a polícia federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), cumpriu mandatos de busca e apreensão em diversos endereços das operações da milícia atribuída Maxuell Simões, ex-bombeiro, que tem envolvimento com os esquemas de “gatonet”, preso na semana passada, por ligação ao caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Foram sete mandatos de busca e apreensão contra a milícia que de acordo com as investigações da PF, era comandada por Suel. De acordo com os agentes, o ex—bombeiro é quem comandava a exploração do serviço clandestino de Tv a cabo, conhecido como “gatonet”, na zona norte do Rio de Janeiro.

Houve também um mandatado de prisão contra um policial militar que atuava na UPP (Unidade de polícia pacificadora) do Morro da formiga, na Tijuca, também na zona norte do Rio. Contudo, ao ver as equipes, o PM fugiu, mesmo após prometer se entregar nessa sexta-feira.


Maxuell Simões sendo preso no Rio de Janeiro/Reprodução:redes sociais


PRISÃO DE MAXUELL SIMÕES

Na semana passada, 24 de julho, Simões foi preso na casa dele na zona oeste do Rio, pois segundo investigações o ex-bombeiro participou do plano para matar a vereadora Marielle Franco, ajudando os assassinos a se desfazerem do carro usado no crime.

Em delação premiada, o também já preso e ex-policial militar, Élcio de Queiroz, disse que Suel fez campanas para vigiar a rotina da vereadora, e que inicialmente o plano era que ele dirigisse o carro, mas que de última hora devido um problema no veículo teve que ser substituído por Queiroz.

Maxuell, já havia sido preso anteriormente em 2020, e cumpria prisão domiciliar, por ter escondido armas de Ronnie Lessa, acusado de atirar em Anderson e Marielle. Entre elas estaria a arma usada nos homicídios.

A MULHER DE SUEL

A Mulher do ex-bombeiro, Aline Siqueira, também é alvo das investigações, visto que ela visitou a casa de Ronnie Lessa seis dias depois do crime. No dia da prisão de Suel, Aline foi a sede da Polícia Militar prestar depoimento, e disse à imprensa que Simões estava com ela no dia do crime, e que seu marido seria inocente.


Aline Siqueira em entrevista ao UOL após prisão do marido Maxuell Simões/Reprodução:Youtube/UOL


CASO MARIELLE FRANCO E ANDERSON GOMES

Depois de um longo período, a investigação do caso teve novas revelações com a delação premiada de Élcio de Queiroz, que deu detalhes do processo de planejamento e execução de Marielle.


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No dia da delação, o ministro da justiça Flávio Dino confirmou as informações: “O senhor Élcio narra a dinâmica do crime, narra a participação dele próprio e do Ronnie Lessa e aponta o Maxwell e outras pessoas como coparticipes”, disse o ministro da Justiça.

Foto destaque: Mural em homenagem a vereadora Marielle Franco em Pinheiros, grande São Paulo/Reprodução:Instagram @mariellefranco

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