Pessoas que fazem parte da assessoria internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto têm visto com muita preocupação o desenvolvimento da disputa presidencial do Equador, que tem sido marcada pela morte de um dos candidatos que fazia parte da direita no país.
O candidato à presidência, Fernando Villavicencio, foi morto nesta quarta-feira (9), com três tiros na cabeça, quando estava saindo de um comício realizado em uma escola na cidade de Quito. Segundo o relato das autoridades, nove pessoas se feriram no atentado e seis foram detidas; um suspeito de envolvimento foi morto durante troca de tiros com a polícia.
Como o Brasil enxerga isso
A equipe do Presidente Lula não enxerga a volta da violência como o instrumento político no Equador como um fato isolado, não é algo restrito apenas ao país, mas sim, na perspectiva desta, é de que toda a América Andina tem vivido uma intensa instabilidade, algo que pode trazer consequências drásticas para o Brasil, principalmente nas localidades de fronteira com a amazônia.
Lasso é membro do Opus Dei, mas afirma estar disposto a abrir debate sobre a descriminalização do aborto. (Foto/ Reprodução/ GATTY Imagens/bbc.com
Ao fazer uma análise de toda a área, a equipe do presidente do Brasil cita o problema de instabilidade no Peru, onde tem enfrentado uma onda de manifestações contrária a atual mandatária do país, a situação crítica na Colômbia, o presidente do país teve um dos seus filhos preso, e a duradoura situação que a Venezuela tem enfrentado.
Eleições no Equador
Guillermo Lasso, Presidente do Equador, fez um pronunciamento durante a madrugada desta quinta-feira (10); falou que as Forças Armadas serão alertadas para garantir que as eleições sejam realizadas e que a segurança nacional deve ser mantida. O Presidente destacou que as eleições presidenciais estão mantidas e previstas para ocorrerem no dia 20 de agosto.
Apoiadores de Lasso se reúnem em frente a Assembleia Nacional para protestar contra o julgamento político do presidente.
(foto: Galo Paguat/AFP)
Durante o Discurso, o presidente destacou que a democracia deve ser fortalecida em virtude de um fato tão lamentável como esse, o assacinato de um democrata e lutador:
“Diante da perda de um candidato à presidência e um guerreiro, as eleições deverão acontecer e não serão suspensas. Ao contrário, estas serão realizadas e a democracia deve ganhar mais forças, esse é o melhor motivo para ir votar e defender a democracia.” Citou Guillermo Lasso durante o discurso.
O candidato Fernando Villavicencio foi baleado três vezes na cabeça. A ação aconteceu no momento em que saía de um comício em uma unidade escolar, rumo ao seu carro.
Reprodução/poder360/poder360internacional