A investigação realizada pela Delegacia de Homicídios da Capital, sobre a morte de Kathlen Oliveira Romeu, de 24 anos, em junho de 2021, concluiu que um policial militar foi responsável pelo tiro. O inquérito será encerrado até o início de 2022. O ocorrido foi no Complexo do Lins.
A investigação da Polícia Civil, até agora, não conseguiu determinar quem efetuou o disparo. A informação está no laudo da reprodução simulada do caso.
Foram denunciados pelo Ministério Público cinco policiais por alterar a cena do crime. São eles: o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o terceiro sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano.
Kethlen foi morta em junho de 2021, no Complexo do Lins. (Foto: Reprodução/g1/Redes sociais)
Nessa denúncia, foi explicado que os cabos Marcos da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias efetuaram disparos. Um dos disparos atingiu Kathlen, matando-a no local.
“Integrantes do Grupamento Tático de Polícia Pacificadora (GTPP) da 3ª UPP do 3º BPM, envolveram-se nas circunstâncias da morte da vítima KATHLEN ao terem os denunciados FRIAS e SALVIANO efetuado disparos de arma de fogo, com o armamento acima descrito, a partir do chamado Beco do 14, tendo sido a vítima atingida na Rua Araújo Leitão, paralela ao referido beco”, relata a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro junto à Auditoria de Justiça Militar, assinada pelo promotor Paulo Roberto Mello Cunha.
O resumo das denúncias até agora:
Os PMs Marcos da Silva Salviano, Rafael Chaves de Oliveira, Cláudio da Silva Scanfela e Rodrigo Correia de Frias foram denunciados por duas fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho.
O capitão Jeanderson Corrêa Sodré foi denunciado por fraude processual em forma omissiva.
Segundo a denúncia, os PMs Frias, Chaves, Salviano e Scanfela retiraram o material que estava no local antes da chegada da perícia. Acrescentaram, também, 12 cartuchos de calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com dez munições intactas.
O material foi apresentado mais tarde pelos policiais na 26.ª Delegacia de Polícia de Todos os Santos.
Consta no documento também, que Jeanderson Corrêa Sodré, estando no local e podendo agir enquanto superior dos PMs, omitiu-se da função que, por lei, deveria cumprir, que seria realizar a ”vigilância sobre as ações de seus comandados”. “Enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Frias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos”, é o que relata o trecho da denúncia.
Foto Destaque: Reprodução/Hora 1/TV Globo