Policial militar agride pais de criança em hospital

Thaís Monteiro Por Thaís Monteiro
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Um policial militar foi flagrado  agredindo um casal no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso ocorreu no dia 8 desse mês mas o boletim de ocorrência só foi registrado nesta última quarta-feira (19) na 16ª DP (Barra). O casal Francisco Borges e Viviane Magalhães tinham levado o filho ao hospital, já que a criança se queixava de dores e parecia ter quebrado o fêmur depois de cair de uma escada.

“Quando eu estava deixando a sala onde eu estava conversando com os médicos, surgiu um policial militar. Ele apareceu com uma camisa verde e começou a me agredir com o meu filho no colo. Nisso, a minha mulher tirou o meu filho dos meus braços e ele me bateu muito. Eu estava lá sentado esperando atendimento, aí ele entrelaçou as algemas, colocou minha mão para trás e apertou com bastante força, pressionando meu pulso. Até hoje, eu sinto dor. Minha mão ficou bastante inchada, quando eu saí da delegacia, fui direto para o hospital. Meu filho não precisou fazer a tal cirurgia no dia seguinte quando fez o exame. O outro médico de plantão viu que não precisava. A perna dele foi alinhada, e agora, ele está engessado”, desabafou Francisco.

 


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Policial Militar agride pais de crianças de 3 anos no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.<br><br>Ele agride inclusive a mulher!<br>Nada justifica a agressão! <a href=”https://t.co/w4ETN8dIQ2″>pic.twitter.com/w4ETN8dIQ2</a></p>&mdash; Janaina Dahoui (@JanaDahoui) <a href=”https://twitter.com/JanaDahoui/status/1649170785494237184?ref_src=twsrc%5Etfw”>April 20, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


 

A 16°DP afirmou que as vítimas foram ouvidas e encaminhadas para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). “O autor foi identificado e o caso será enviado à Justiça Militar, que dará prosseguimento à investigação”, disse a polícia civil.

O Hospital Municipal Lourenço Jorge emitiu um comunicado informando que:

“a unidade não tem gestão sobre o policial militar, que não atua na unidade e estava de passagem, acompanhando um paciente custodiado, quando se envolveu na situação. Questionamentos sobre a conduta do agente devem ser encaminhados ao comando da Polícia Militar. A direção da unidade repudia qualquer ato de violência e está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for solicitado na apuração dos fatos.

A direção esclarece que a criança estava sendo atendida e que não procede que o raio-x tenha sido perdido. O paciente tinha indicação de internação para cirurgia ortopédica, diagnóstico não aceito pelos pais, que iniciaram discussão com os profissionais.

O menino foi internado naquela noite (08/04) e, na manhã seguinte, com termo de consentimento assinado pela parente que o acompanhava na unidade, foi sedado e submetido ao procedimento de redução da fratura de fêmur. Trata-se de procedimento realizado sob sedação, para posicionamento do osso fraturado. Posteriormente é feita a imobilização, para estabilização do osso até a calcificação. O paciente recebeu alta e, depois de 15 dias, deve retornar para ser reavaliado, quando os médicos decidirão se será necessário um segundo procedimento, com cirurgia aberta”.

 

Foto Destaque: Policial militar agredindo casal. Foto: Reprodução/Globo

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