O governo de Nicolás Maduro, chefe de Estado da Venezuela, está travado desde de 2018 numa batalha contra a Inglaterra na Justiça para ter acesso a US$ 2 bilhões em barras de ouro que estão soterradas no Banco da Inglaterra, em Londres.
O Superior Tribunal Federal da Inglaterra já falou sobre os casos e descartou o pedido do mandatário para ter acesso às suas riquezas, alegando que, na época, reconhecia Juan Guaidó, então Presidente da Assembleia Legislativa e líder de oposição venezuelana, como presidente do país sul-americano.
Alan Ducan ex Ministro de relações Exteriores Inglaterra(Foto/GettyImagens/Reprodução)
Como consequência dessa decisão, quem teria autoridade sobre essa reserva seria o Banco Central da Venezuela. Após a medida ser tomada pelo governo britânico, os representantes do BCV podem entrar com um novo processo
A disputa se arrasta desde 2018 e, em 2020, o BCV entrou com uma ação legal contra o Banco da Inglaterra para forçar a liberação do ouro. Na época, o governo de Nicolás Maduro alegou querer acesso às riquezas para vender e usar os fundos para combater a disseminação do coronavírus no país.
O caso foi julgado pela primeira vez em 2020, onde no qual a solicitação foi rejeitada uma vez e, novamente, em 2022 pelo STJ da Inglaterra, na capital Londres.
Em janeiro de 2019, o então ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Alan Duncan, embora à disposição, levou em conta que há um grande número de países que questionam o valor e pertencimento.
Mas desde então, o líder da oposição perdeu apoio e não conseguiu renovar seu mandato como presidente do Legislativo e deputado federal. Guaidó foi reconhecido por mais de 50 países – entre eles todos os membros da União Europeia, Reino Unido, EUA e Brasil – como o presidente interino da Venezuela em 2019 após uma grande onda de protestos no país.
Nicolás maduro fez visita recente ao Brasil para uma reunião com outros chefes de Estado e representantes de países da América do Sul, em Brasília, liderada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foto Destaque Nicolás Maduro. Reprodução/Reuters