Por que o Reino Unido nega a Maduro acesso a ouro venezuelano depositado em Londres

Gabriel Alvarado Souza Por Gabriel Alvarado Souza
3 min de leitura

O governo de Nicolás Maduro, chefe de Estado da Venezuela, está travado desde de 2018 numa batalha contra a Inglaterra na Justiça para ter acesso a US$ 2 bilhões em barras de ouro que estão soterradas no Banco da Inglaterra, em Londres.

O Superior Tribunal Federal da Inglaterra já falou sobre os casos e descartou o pedido do mandatário para ter acesso às suas riquezas, alegando que, na época, reconhecia Juan Guaidó, então Presidente da Assembleia Legislativa e líder de oposição venezuelana, como presidente do país sul-americano.


Alan Ducan ex Ministro de relações Exteriores Inglaterra(Foto/GettyImagens/Reprodução)


Como consequência dessa decisão, quem teria autoridade sobre essa reserva seria o Banco Central da Venezuela. Após a medida ser tomada pelo governo britânico, os representantes do BCV podem entrar com um novo processo   

A disputa se arrasta desde 2018 e, em 2020, o BCV entrou com uma ação legal contra o Banco da Inglaterra para forçar a liberação do ouro. Na época, o governo de Nicolás Maduro alegou querer acesso às riquezas para vender e usar os fundos para combater a disseminação do coronavírus no país.

O caso foi julgado pela primeira vez em 2020, onde no qual a solicitação foi rejeitada uma vez e, novamente, em 2022 pelo STJ da Inglaterra, na capital Londres.

Em janeiro de 2019, o então ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Alan Duncan, embora à disposição, levou  em conta que há um grande número de países que questionam o valor e pertencimento.

Mas desde então, o líder da oposição perdeu apoio e não conseguiu renovar seu mandato como presidente do Legislativo e deputado federal. Guaidó foi reconhecido por mais de 50 países – entre eles todos os membros da União Europeia, Reino Unido, EUA e Brasil – como o presidente interino da Venezuela em 2019 após uma grande onda de protestos no país.

Nicolás maduro fez visita recente ao Brasil para uma reunião com outros chefes de Estado e representantes de países da América do Sul, em Brasília, liderada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foto Destaque Nicolás Maduro. Reprodução/Reuters

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