Neste domingo (4), 13 navios de grãos deixaram os portos da Ucrânia sob acordo da ONU, os navios transportavam cerca de 282.500 toneladas de produtos agrícolas com destino aos mercados estrangeiros. Segundo o Ministério, o comboio é o maior já despachado ministrado pela Organização das Nações Unidas.
O acordo das exportações foi realizado pela ONU e pela Turquia em 22 de julho deste ano, quando até então as rotas marítimas da Ucrânia estavam completamente bloqueadas por conta da invasão da Rússia. Quando as tropas russas invadiram a principal rota de exportação através do Mar Negro, os bloqueios dos portos ucranianos ocasionaram em aumentos de preços de produtos ao redor do mundo, inclusive levantando o temor de escassez de alimento no Oriente Médio e na África.
Navio zarpando dos portos ucranianos no início de agosto, após acordo da ONU e Turquia (Foto: reprodução/Twitter)
De acordo com o Ministério da Infraestrutura da Ucrânia, desde o acordo realizado, oitenta e seis navios já zarparam dos portos ucranianos, transportando 2 milhões de toneladas de alimentos para 19 países. Os produtos do comboio que zarpou neste domingo (4), tinham como destino oito países e seus carregamentos foram nos portos de Mar Negro de Odesa, Chornomorsk e Pivdennyi.
O fornecimento mundial de grãos foi afetado por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. As duas pátrias unidas são responsáveis por 27% das exportações mundiais de trigo, 77% de óleo de girassol e 18% de milho. Segundo o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), desde o início dos combates armados, cerca de 16 milhões de toneladas de milho e 13,5 milhões de toneladas de trigo deixaram de chegar aos mercados internacionais.
Em julho, ministério ucraniano estimou realizar a exportação de 60 milhões de toneladas de grãos entre os próximos oito a nove meses, informando que algumas das exportações poderiam sofrer alteração de período mais demorados até os portos voltarem o funcionamento normal.
Foto destaque: Navio deixando porto da Ucrânia. Foto : reprodução/Twitter
