Prefeitura de Amsterdã propõe pacote de medidas contra “turismo sexual” na cidade

Lucas Quirino Por Lucas Quirino
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A capital holandesa, Amsterdã, vem tomando uma série de medidas para tentar mudar a concepção mundial sobre si, de uma cidade onde “se pode tudo”, de uma cidade extremante “liberal”. Entre uma dessas medidas, é a restrição do turismo feito por jovens britânicos na cidade.

Alguns moradores da cidade reclamam do comportamento dos britânicos quando visitam a cidade em busca de diversão, visto que em Amsterdã, é legalizado a venda e consumo de maconha aos seus frequentadores em cafeterias, bem como o funcionamento de bordéis na mundialmente conhecida como uma zona de prostituição, a Red Light Dristrict.

Os britânicos possuem o estereótipo de causarem bastante confusão quando viajam ao redor da Europa e do mundo, por consumirem grandes quantidades de bebidas alcoólicas. Entre os relatos dos moradores, estão por avistarem pessoas urinando em público, vomitando nos canais que cortam a cidade, se despir e se envolver em grandes brigas quando estão bêbados.

“Os vídeos são muito explícitos. Eles mostram jovens cambaleando pela rua, algemados pela polícia, e tendo suas impressões tiradas.”, conforme publicou a CNN Brasil em uma reportagem acerca do tema.

Além da restrição a vinda de britânicos a cidade, mesmo que o turismo seja uma grande fonte de arrecadação da capital holandesa, onde estima-se cerca de 10 milhões de visitantes ao ano, muito em função da sua “liberalidade”, foram também tomadas medidas quanto aos serviços de prostituição.


As vitrines vivas do Red Light District (Reprodução/viagemeturismo.abril.com.br/Atlantide Phototravel/Corbis/VCG/Getty Images) 


Entre as medidas para impedir o “turismo sexual” na cidade, a principal seria a obrigatoriedade imposta as empresas que agenciam as trabalhadoras, pois a partir desse sábado, 01, terão de encerrar o serviço às três da manhã, ao invés das 6h. Essa medida teve forte impacto entre as profissionais da área, sendo bastante contrárias a essa diminuição.

Elas alegam que a diminuição do tempo do serviço prestado irá acarretar em prejuízos não só econômicos, afetando até mesmo sua própria subsistência, mas como na sua segurança, visto que, para elas, os serviços se encerrando antes da retomada dos serviços sociais, impactará na sua segurança, pois ficarão mais expostas em meio a uma cidade desertificada pela madrugada.

Outro motivo de bastante questionamento por parte das profissionais e agências encontra-se da mudança do centro específico de prostituição da cidade, onde a idéia da campanha seria transferir o centro para fora da cidade, uma espécie de Red Light Dristrict mais afastada da capital holandesa. No entanto, elas acreditam que estão sendo usadas como “bode expiatório” para os reais problemas que o turismo desenfreado na cidade ocasiona.

A presidente da Red Light United, sindicato que representa as profissionais de janelas no distrito de prostituição de Amsterdã, disse a CNN que “Você pode ter várias campanhas dizendo para as pessoas ficarem longe, mas as pessoas não vão ficar longe”, argumentou ela. “Você precisa ensinar as pessoas a se comportar. Se você não fizer isso, nunca vai mudar.” “Isto não é um zoológico”, acrescentou a presidente.

 

Foto destaque: O distrito da luz vermelha em Amsterdã. Reprodução/The Guardian/Erik Lattwein/Alamy

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