A Uber anunciou, nesta quinta-feira (5), o início do serviço de viagens com motocicleta nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por um preço inferior ao do UberX, o Uber Moto é mais uma opção de viagem que pode ser feita pelo aplicativo.
No entanto, as prefeituras das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo pretendem pedir a suspensão do serviço. Segundo a gestão municipal paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) optou pela notificação da empresa Uber pela atividade de transporte remunerado de passageiros por motocicleta, serviço este que ainda não é regulamentado no município.
“À pedido do prefeito, o Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) entrará em contato com a empresa para solicitar a imediata suspensão da atividade, além dos devidos esclarecimentos por parte da Uber, uma vez que a empresa não informou à Prefeitura de São Paulo sobre o início da operação dessa opção de mobilidade”, disse, em comunicado.
Prefeitura de São Paulo pede suspensão do serviço de transporte de passageiros por motocicleta da Uber. (Vídeo: Reprodução/CNN Brasil – YouTube)
Procurada, a Uber afirmou, baseada em norma federal, que, “na modalidade moto, parceiros do aplicativo realizam transporte privado individual em motocicletas, atividade prevista na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/2012)” e se difere de categorias de transporte público individual em motocicletas, como o mototáxi.
Para o município, o serviço deve ser suspenso até que se faça uma reunião entre as partes envolvidas para entender a dinâmica da atividade e fazer estudos e análises sobre a viabilidade de implantação do serviço de transporte de passageiros por motocicletas.
Anteriormente, a plataforma informou que a partir desta quinta (5), os passageiros poderiam fazer a solicitação pelo app da mesma forma que já utilizavam as outras modalidades. O Uber Moto chegou ao Brasil em novembro de 2020, a partir do município de Aracaju, e está presente em mais de 160 municípios brasileiros.
Foto destaque: Uber anuncia serviço de moto em São Paulo e Rio de Janeiro, mas Prefeitura pretende mandar suspender. Reprodução/Bloomberg.
