Premiê espanhol deve pedir a Biden que dê mais peso às opiniões de Brasil e China sobre Ucrânia

Lívia Mendes Por Lívia Mendes
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Nesta sexta-feira (12), Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, se encontrará com o presidente dos Estado Unidos na Casa Branca, e deve pedir para que os EUA deem mais peso às opiniões de países que não fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como Brasil e China, sobre a guerra na Ucrânia

A Espanha concorda com Washington (EUA) sobre a ilegalidade da invasão da Ucrânia pela Rússia e a necessidade de armar as forças da capital ucraniana, Kiev. Porém, se posiciona como intermediário por conta de seus laços estreitos com países latino-americanos e suas relações mais conciliatórias com Pequim 

Em março, Sánchez realizou uma visita a Pequim e, no mês passado, em Madrid, ele recebeu o presidente Lula.


Lula discursa em evento com o premiê da Espanha, Pedro Sánchez. Reprodução/Site CNN


A China é aliada da Rússia e defendeu um plano de paz alternativo ao que é defendido pelos aliados da Otan. O presidente Lula (PT) também fez declarações polêmicas sobre o fim do conflito na Ucrânia, do qual Sánchez se distanciou. 

Mas, o primeiro-ministro espanhol se reunirá com Biden e falará sobre as opiniões diferentes da China e do Brasil e irá propor que seja dado um maior peso às opiniões dos países que não são membros da Otan, mas que são impactados pela guerra. 

Essa primeira reunião entre a Espanha e os EUA ocorre apenas algumas semanas antes do premiê espanhol assumir a presidência do Conselho da União Europeia no segundo semestre deste ano. 

O movimento ocorre enquanto a Europa busca fortalecer sua indústria doméstica e garantir fontes confiáveis de matérias-primas e energia, além de encontrar maneiras de rivalizar com os subsídios verdes anunciados pelo governo Biden sob a Lei de Redução da Inflação. 

Sánchez vai esboçar a Biden o conceito de “autonomia estratégica aberta”, política central do seu próximo mandato europeu que, não visa desviar-se para o protecionismo, mas sim reduzir as “fraquezas” da Europa. 

A potencial parceria na produção e fornecimento de microchips e semicondutores e na exploração de minerais em terras raras da América Latina também estará na pauta dos dois líderes.

Foto Destaque: Pedro Sánchez. Reprodução/Site Folha de Pernambuco

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