A operadora de saúde Prevent Senior está sendo acusada de recomendar um tratamento paliativo que é adotado somente para pacientes com doenças graves, progressivas e em estado terminal. Segundo familiares de Tadeu Frederico Andrade, advogado de 65 anos que contraiu a Covid-19 e que receberia o tratamento, a rede hospitalar orientou que fossem suspensos procedimentos médicos como medicação intravenosa, hemodiálise e também que não fosse realizado o procedimento conhecido como manobra para reanimação cardiorrespiratória.
Para a família, ao optar pelo cuidado paliativo, a operadora adotaria um método mais vantajoso financeiramente. Porém, por decisão dos próprios familiares, isso não ocorreu. Mesmo diante da negativa, foram inseridas no prontuário às recomendações de suspensão das medicações e as orientações do tratamento paliativo, obrigando a família a informar ao hospital que tomaria medidas judiciais caso insistissem naquela decisão. Diante disso, após uma reunião, os médicos voltaram atrás.
Remédios distribuídos pela Prevent Senior que compõem o “Kit Covid” (Foto: Reprodução/R7.com)
Tadeu teve os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 24 de dezembro. No dia seguinte, através de uma teleconsulta, foi orientado pela operadora de saúde a tomar os remédios que compõem o chamado “Kit Covid”, medicamentos sem eficácia comprovada e que foram entregues em sua residência no dia 26 de dezembro. Após uma piora no seu quadro de saúde, ele deu entrada em 30 de dezembro no pronto-socorro da rede. Já no dia seguinte à internação, ele foi diagnosticado com pneumonia bacteriana, foi entubado e transferido para a UTI.
Após ficar 120 dias internado, Tadeu recebeu alta e se recupera em casa, onde continuou o tratamento através da fisioterapia e curativos diários.
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Em entrevista para a Globo News, Tadeu disse:
“Muitas famílias perderam seus entes queridos por desconhecerem o que é o tratamento paliativo [da Prevent Senior], e as famílias infelizmente não lutaram ou não puderam lutar por desconhecimento. Essas famílias foram enganadas”
A Prevent Senior se manifestou em nota dizendo que não toma decisões baseada em custos, e em relação ao caso do paciente Tadeu, foi dado todo o suporte à ele e a vontade dos familiares foi respeitada.
Foto destaque: Sede da Prevent Senior, rede hospitalar sob investigação. Reprodução/G1