O sistema Cantareira, principal reservatório que fornece água para o estado de São Paulo, e responsável por abastecer 7,2 milhões de pessoas. Segundo dados do sistema de acompanhamento dos mananciais da Sabesp, está com o nível em 36,6% mais baixo para o mês de julho.
“A situação de abastecimento de água, principalmente a reservação dos mananciais na região metropolitana de São Paulo, está constantemente sob risco, porque é uma região que tem naturalmente escassez. Ali, a disponibilidade de água por habitante é sete vezes menor do que no estado do Pernambuco, por exemplo”, afirmou um especialista.
Represa do Rio Cachoeira, do Sistema Cantareira, em Piracaia (SP)
(Foto: Reprodução/Renato César Pereira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Vale destacar que no ano de 2015 o nível do reservatório chegou a -10,4%, o estado passou por sua maior crise hídrica, era possível ver algumas partes do reservatório completamente secas. Com isso foi autorizado que poderia utilizar da reserva técnica, sendo conhecida como “volume morto”. São estruturas localizadas debaixo do reservatório, acessível apenas para bombeamento.
Represa do Sistema Cantareira com nível baixo em 2015
(Foto: Reproduçaõ/Luis Moura/Estadão Conteúdo)
No geral, todos os reservatórios que abastecem a região estão em 50%, considerado aceitável. Ainda assim é visto como preocupante por especialistas. Estudos apontam que o principal causador desse problema é a falta de chuva, que já se contabiliza em 48 dias, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (inmte). A Chuva só deve voltar a cair na próxima sexta-feira (29), com a chegada de uma frente fria, em São Paulo.
O Cantareira é o maior sistema de abastacimento de água da região metropolitana, é formado por cinco reservatórios: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro. Gerenciada pelo Sabesp, empresa responsável pelos serviços de saneamento básico do Estado de São Paulo.
Foto detaque: Sistema Cantareira. Reprodução/Sabesp
