Procurador que espancou chefe vira réu por tentativa de feminicídio pela Justiça de São Paulo

Adriane Corrêa Por Adriane Corrêa
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O procurador Demétrius Oliveira de Macedo virou réu por tentativa de feminicídio. A denúncia partiu do Ministério Público (MP) e foi aceita nesta terça-feira (28) pela Justiça de São Paulo. Após ser preso na última semana, no dia 23, por espancar sua chefe na Prefeitura de Registro em SP, o caso teve atualização e o acusado recebeu o prazo de 10 dias para apresentar sua defesa prévia. A decisão é do juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara de Registro.

Analisando o documento da denúncia, obtido pelo site G1, o MP retratou a ocorrência como “evidente intento homicida“, ou seja, Demétrius tentou matar a procuradora-geral do município, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. A ação, ainda segundo o órgão, apenas não foi concretizada por “circunstâncias alheias à vontade do agente“.

O documento possui um trecho em que a Justiça de São Paulo, por sua vez, considerou que o “Ministério Público apresentou descrição suficiente dos fatos criminosos relacionados à ofensa à integridade corporal“.

O caso

No último dia 20, por volta das 16h50, após espancar uma mulher no local de trabalho, mais precisamente a sala da procuradoria geral do município, dentro da prefeitura e sendo a mesma sua chefe, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, Demétrius Oliveira de Macedo foi preso logo depois da comoção causada nas redes sociais com o vídeo dele desferindo socos e chutou na colega, que estava trabalhando quando foi surpreendida pelo ataque repentino.


Imagens da agressão em vídeo divulgado nas redes sociais. (Foto: Reprodução/O Tempo)


Em entrevista ao O Globo, a procuradora-geral falou sobre a agressão que sofreu em seu local de trabalho: “Ele veio com tudo para cima de mim, deu uma cotovelada na minha cabeça, e eu fui arremessada na parede. Então ele começou a socar minha cabeça, e os funcionários ficaram em choque. Um ainda conseguiu gravar parte da surra que ele me deu. Ele me chutou inteira, eu fiquei desfalecida e quando estava levantando ele me deu outra“, contou Gabriela. “Ainda me chamou de tudo, de puta e vagabunda.

É possível observar através das redes sociais que o caso registrado em vídeo ainda revolta as pessoas e as mesmas esperam que a justiça seja feita. 

Foto Destaque: Demétrius Oliveira de Macedo (lado esquerdo) e prints do vídeo da agressão (lado direito). Reprodução/Redes Sociais

 

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