O Pantanal sul-matogrossense, considerado um santuário da biodiversidade, é também uma das belas paisagens do país, onde cerca de 10.000 pessoas vivem em comunidades espalhadas por 93.000 quilômetros quarados.
Contudo, viver em uma área singular também tem seus desafios, como a falta de acesso à energia elétrica de qualidade. A falta de estradas, ferrovias e os riscos ao meio ambiente devido aos grandes projetos de infraestrutura, apresentava uma logística complexa, afastando um dos mais importantes fatores para o seu bem-estar.
Projeto Ilumina Pantanal.(Foto: Reprodução/TV Brasil/Gov)
Junto à Omexom, a Energisa, do Grupo Vinci Energies, teve a solução perfeita para suprir essa necessidade, desenvolvendo um novo sistema composto de quatro módulos fotovoltaicos e alumínio reciclado para produzir energia renovável na casa de cada uma das famílias.
Para atender a algumas localidades, são necessárias até 40 horas de barco. Por isso o alumínio faz toda a diferença no projeto Ilumina Pantanal, fruto da parceria entre o Grupo Energisa, o Ministério de Minas e Energia, o governo do Mato Grosso do Sul e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prevendo um investimento de 134 milhões de reais.
Serão cerca de 70 toneladas de material que foram fornecidas pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Além de ser facilmente transportado, o alumínio é versátil, leve, resistente e reciclável.
“O objetivo final é fornecer eletricidade de uma fonte 100% limpa e renovável”, explica Fernando Varella, diretor de Negócios Transformados da CBA. “O projeto permitirá que muitas famílias tenham acesso a itens básicos, como alimento refrigerado, iluminação, especialmente em escolas, e melhor qualidade de vida.”
Antonio Matos, gerente de planejamento da Energisa Mato Grosso do Sul. (Foto: Reprodução/Antonio Matos/Arquivo pessoal/G1)
Inovação sustentável
Previsto para terminar em abril de 2022, os sistemas de painéis fotovoltaicos começaram a ser instalados em julho deste ano, e metade do projeto já foi concluído.
Cada conjunto será capaz de gerar 80 kWh/mês, totalizando mais de 1.300 Watts de potência. o fornecimento da energia em dias chuvosos e/ ou nublados será garantido, já que a energia gerada vai ser convertida e armazenada em um banco de bateiras.
“Estamos falando de regiões que praticamente viviam no escuro e dependiam basicamente de geradores altamente poluidores, movidos a diesel e gasolina”, diz Eduardo Matta, business manager da Omexom.
Em resumo, gera-se energia o suficiente para atender a uma casa com televisor, rádio, geladeira, até três pontos de luz e um tanque para lavar roupas. Com esse sistema voltaico, as famílias contempladas precisarão desembolsar cerca de 30 reais por mês.
“É menos da metade do que muitas famílias estavam gastando com a compra de diesel”, explica. “Uma fazenda atendida pelo projeto, por exemplo, consome agora 5.000 litros a menos desse combustível por semana. É um alívio tremendo para o meio ambiente”.
A CBA e a Omexom estão preparadas para levar a solução adotada no Pantanal para outras regiões do Brasil.
Sobre a CBA
A empresa é pioneira e líder no fornecimento de alumínio na América do Sul, atuando no segmento de energia fotovoltaica, e oferece soluções para projetos de geração, distribuição e transmissão de energia.
Com o segmento de geração, a empresa fornece frames de alumínio para módulos fotovoltaicos e estruturas de sustentação dos painéis, como os utilizados no Pantanal, oferece soluções para usinas solares flutuantes também projetos de grande porte das fontes eólica e hidrelétrica.
Já no segmento da distribuição e transmissão, oferece tubos e barramentos de alumínio para a aplicação em subestações de energia, e também folhas e chapas para fabricantes de transformadores elétricos.
Foto destaque: Reprodução/Aaron Foster/Exame/Getty Images