Promotores dos Estados Unidos anunciaram novas acusações contra Donald Trump nesta quinta-feira (27), relacionadas aos documentos confidenciais encontrados em sua residência na Flórida. Segundo os oficiais, tanto o ex-presidente norte-americano quanto um de seus funcionários, Carlos De Oliveira, teriam tentado impedir os investigadores de acessar as imagens das câmeras de segurança da casa.
O porta-voz de Trump rejeitou as novas acusações como uma “tentativa desesperada e contínua” do governo Biden para assediar o ex-presidente e influenciar a corrida presidencial de 2024.
Além disso, Trump também foi formalmente acusado de reter intencionalmente um documento secreto que continha informações sobre planos dos EUA para realizar um ataque ao Irã. A acusação alega que, em 17 de janeiro de 2022, ele devolveu o documento marcado como ultrassecreto e não autorizado para exibição a estrangeiros ao governo federal.
Donald Trump em pronunciamento durante as eleições americanas de 2020
Essas novas acusações representam uma mudança significativa na abordagem da promotoria em relação ao caso de Trump. Anteriormente, ele havia sido acusado de reter ilegalmente documentos confidenciais do governo e obstruir a justiça após deixar o cargo em 2021. No entanto, agora, a acusação alega que o ex-presidente sabia da sensibilidade do documento que reteve, tornando a situação ainda mais delicada.
No mês passado, Trump se declarou inocente das acusações anteriores, onde os promotores o acusavam de colocar em risco segredos de segurança nacional altamente sensíveis dos Estados Unidos. Outro assessor de Trump, Walt Nauta, também se declarou inocente no início do mês das acusações de auxiliar o ex-presidente a esconder esses documentos.
O caso continua a atrair grande atenção da mídia e do público em geral, pois as acusações envolvendo um ex-presidente são incomuns e carregadas de implicações políticas e legais. O desdobramento dessas novas acusações e como elas afetarão o cenário político nos próximos anos permanece incerto.
Foto em destaque: Donald Trump, ex-presidente dos EUA. Reprodução/Twitter/@realDonaldTrump